Após prejuízo recorde, Eletrobras está perto de virar uma Petrobras
Folha de São Paulo
Com planos de um dia se tornar uma Petrobras, como queria a então ministra Dilma Rousseff, a Eletrobras tem no maior prejuízo da sua história, e da história do país, a chance de chegar mais perto desse objetivo. /;/;/;/ Assim como a estatal do petróleo fez no plano de negócios, a holding do setor elétrico trouxe o seu balanço para a realidade das novas regras do setor de energia elétrica, sofrendo um baque negativo de R$ 10 bilhões na reavaliação dos ativos.
E, assim como a estatal do petróleo, a transparência em reconhecer as perdas no resultado do ano passado agradou ao mercado, que ontem deu um voto de confiança ao plano de investimentos de R$ 52 bilhões com a alta expressiva das ações.
O plano tem como base o aumento de receita com novos projetos, possíveis privatizações das distribuidoras de energia deficitárias e um plano de demissões voluntárias, que já estava na gaveta havia pelo menos um ano. Uma cesta de boas notícias para uma empresa apelidada pejorativamente de "elefante".
Criticada pela vocação para nomeações políticas e nem sempre alinhadas com a eficiência, a Eletrobras mudou seis vezes de presidente durante os governos Lula e Dilma, lançando a cada novo titular esperanças de mudanças nunca concretizadas. Uma delas, a internacionalização da empresa, apesar de aprovada no Congresso, caminha lentamente.
Assim como a Petrobras sofre com os preços defasados da gasolina em relação ao mercado internacional, a Eletrobras teve a sua geração de caixa comprometida pela redução das tarifas elétricas.
E teve que assumir as superobras estruturantes do setor elétrico, da mesma forma como a Petrobras precisa impulsionar a indústria nacional de fornecedores.
Sem a presença da estatal nos consórcios, nenhuma privada entraria em projetos como as hidrelétricas do rio Madeira ou Belo Monte.
Agora, obrigada a ser mais enxuta, talvez a empresa perca o apelido pejorativo de "elefante" no mercado. E, assim como está acontecendo com as ações da Petrobras, talvez passe a fazer parte da carteira de acionistas de longo prazo, que vão apostar no aumento da receita que os novos projetos devem proporcionar. Assim como acontece com o pré-sal.
Folha de São Paulo
Com planos de um dia se tornar uma Petrobras, como queria a então ministra Dilma Rousseff, a Eletrobras tem no maior prejuízo da sua história, e da história do país, a chance de chegar mais perto desse objetivo. /;/;/;/ Assim como a estatal do petróleo fez no plano de negócios, a holding do setor elétrico trouxe o seu balanço para a realidade das novas regras do setor de energia elétrica, sofrendo um baque negativo de R$ 10 bilhões na reavaliação dos ativos.
E, assim como a estatal do petróleo, a transparência em reconhecer as perdas no resultado do ano passado agradou ao mercado, que ontem deu um voto de confiança ao plano de investimentos de R$ 52 bilhões com a alta expressiva das ações.
O plano tem como base o aumento de receita com novos projetos, possíveis privatizações das distribuidoras de energia deficitárias e um plano de demissões voluntárias, que já estava na gaveta havia pelo menos um ano. Uma cesta de boas notícias para uma empresa apelidada pejorativamente de "elefante".
Criticada pela vocação para nomeações políticas e nem sempre alinhadas com a eficiência, a Eletrobras mudou seis vezes de presidente durante os governos Lula e Dilma, lançando a cada novo titular esperanças de mudanças nunca concretizadas. Uma delas, a internacionalização da empresa, apesar de aprovada no Congresso, caminha lentamente.
Assim como a Petrobras sofre com os preços defasados da gasolina em relação ao mercado internacional, a Eletrobras teve a sua geração de caixa comprometida pela redução das tarifas elétricas.
E teve que assumir as superobras estruturantes do setor elétrico, da mesma forma como a Petrobras precisa impulsionar a indústria nacional de fornecedores.
Sem a presença da estatal nos consórcios, nenhuma privada entraria em projetos como as hidrelétricas do rio Madeira ou Belo Monte.
Agora, obrigada a ser mais enxuta, talvez a empresa perca o apelido pejorativo de "elefante" no mercado. E, assim como está acontecendo com as ações da Petrobras, talvez passe a fazer parte da carteira de acionistas de longo prazo, que vão apostar no aumento da receita que os novos projetos devem proporcionar. Assim como acontece com o pré-sal.
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