Luiz Caversan (*)
Há vários tipos de anos bons, depende do freguês.
Esta receita corresponde apenas ao gosto do autor, que ousa compartilhá-la.
Primeiro passo: pegue um ano novinho em folha.
Segundo passo: vá juntando com carinho e arte os seguintes ingredientes (não precisa mexer muito!):
Sábados de Sol
Filhos por perto
Amigos novos
Velhos amigos
Tempo para pensar
Prazer em trabalhar
Muita risada
Um pouco de seriedade
Praia para caminhar
Água fria e quentinha também
Rio, a cidade e os próprios
Cidade a escolher: Firenze, Paris, Praga
Dois passeios de bicicleta
Um passeio de bicicleta a dois
Beijinhos
Um chapéu confortável
Uma calça larga
Um sapato velho --pode ser tênis
Algumas taças de espumante
Frutas: vermelhas, verdes, amarelas...
Ar-condicionado
Cobertor
Um carro que polua menos
Um ou dois "bom dia, vizinho!"
Crianças
Cinema
Samba
Tardes claras
Manhãs livres
Árvores floridas
Estradas desertas (em caso de feriados)
Velocidade permitida
Um elogio
Um bônus
Pai, mãe, ainda que em lembrança
Cravos, da índia e/ou da floricultura
Menos, um pouco menos de trabalho duro
Mais, um pouco mais de ócio
Três bons livros
Uma canção suave
Um poema inspirador
Um texto impecável
Um punhadinho de boas notícias
Boa vontade
Disposição
Ao misturar tudo, perceba que logo surgem saúde e alegria.
Pronto!
Consumir, sem moderação, sempre que der vontade.
(*) É jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa do Jornal Folha de São Pulo.
E-mail: caversan@uol.com.br
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