São Luiz do Paraitinga deve perder 80% de área histórica
(Folha de São Paulo)
As chuvas que alagaram quase toda a cidade de São Luiz do Paraitinga, cidade turística a 182 km de São Paulo, no Vale do Paraíba, varreram quase 80% dos imóveis tombados pelo Condephaat, segundo previsão da prefeitura, incluindo duas igrejas, a matriz de São Luiz de Tolosa e a capela das Mercês.
Todos os imóveis foram protegidos oficialmente por conta de seu valor histórico --a maioria dos prédios era de casarões feitos com tijolo e barro- e constituía um dos maiores conjuntos arquitetônicos tombados em território paulista.
O centro histórico é preservado oficialmente desde 1982. "É um patrimônio colonial bastante significativo. Inclusive, estava sendo tombado também pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], na esfera federal", disse Maria Tereza Luchiari, pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em estudos sobre tombamentos de prédios.
A maior parte das construções nos arredores da praça Oswaldo Cruz --o médico sanitarista é um dos filhos ilustres da cidade, como o geógrafo Aziz Ab'Saber--, tinha fundações feitas de barro, característica dos imóveis construídos durante o século 19 e início do 20.
Por isso, as estruturas não aguentaram a enxurrada.
A igreja matriz de São Luiz de Tolosa, que ruiu no sábado, era do início do século 20.
Nota do Blog - Realmente uma grande perda , afora as familias que perderam tudo. Há 9 mil desabrigados na pequena cidade histórica que tinha uma série de obras preservadas e que faziam com que fosse parada obrigatória para apreciá-las.
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