terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Sorgo biomassa é a bola da vez na matriz energética brasileira

Agrolink 

A busca de alternativas sustentáveis e economicamente viáveis para atender a crescente demanda de energia elétrica se tornou uma realidade indispensável no País. 

O aumento da demanda por energia no Brasil vem crescendo significativamente nos últimos anos. Para se ter uma ideia, ao longo da última década, o consumo de energia no País cresceu mais de um terço, tornando o território brasileiro o 9º maior consumidor de energia no mundo e o 3º maior no hemisfério ocidental. Especialistas acreditam que essa tendência irá se manter no Brasil e que o consumo de energia terá um aumento de 50% até 2030. 

Diante dessa realidade, a pergunta é: como atender toda essa demanda e evitar um caos no sistema de energia brasileiro? 
A resposta é complexa, porém alguns especialistas da área de energia apontam que a diversificação e descentralização da produção de energia é um caminho bastante razoável ao atendimento da crescente demanda. Nesse cenário, engrossam as discussões e fatos positivos, tais como a boa disponibilidade de biomassa na região centro sul para ser aproveitada em termoelétricas locais. Um exemplo disso é o recente trabalho de recolhimento da palha de cana-de-açúcar que, uma vez destinado a geração de energia, apresenta potencial de atender demandas locais com menor custo de transmissão. 

Além dos resíduos agrícolas disponíveis regionalmente como fonte de biomassa, surgem também matérias-primas dedicadas ao mercado de biocombustão, que no ano de 2013 romperam a barreira do desconhecido, e para os próximos anos prometem ocupar uma razoável fatia do mercado de fornecimento de biomassa para caldeiras. 
A mais promissora delas é, sem dúvida, o sorgo biomassa. 

Cultura de ciclo explosivo, em 120 dias já está pronto para ser colhido e queimado com eficiência nas caldeiras. Tatiana Gonsalves, Diretora Comercial da Nexsteppe, empresa que comercializa sementes de sorgo biomassa, é uma das profissionais que acredita que essa cultura está destinada a ocupar uma boa fatia da biomassa ofertada ao mercado de biocombustão. "O sorgo biomassa deve crescer muito nos próximos anos, pois atende todas as partes da cadeia de suprimentos de forma bastante satisfatória”, defenda Tatiana. 

Para o produtor, o sorgo é uma planta de fácil plantio, cultivo e possui ciclo rápido. 
Para o comprador é uma biomassa de notável relação custo beneficio e de ótima performance em caldeiras. E para os planos futuros do governo de expansão de termoelétricas focadas em biomassa, a cultura possui excelente distribuição geográfica no País, além de ampla base genética e rápido ciclo de melhoramento. 
“Mais completo impossível”, comenta a Diretora. 

A empresa aposta tanto nesse mercado, que seus novos híbridos não são apenas melhorados geneticamente para maior produtividade em campo ou em diferentes regiões, mas também que possuem melhores composições químicas para o melhor desempenho nas caldeiras. "Esse é o conceito de matéria-prima dedicada. Não estamos desenvolvendo uma biomassa dedicada apenas para atender a demanda atual, mas algo que possa ser incorporado como cultura chave no Brasil e que suporte nosso crescimento para os próximos anos. Não podemos parar de crescer por falta de energia, pelo contrário, sendo um País de clima tropical, devemos liderar uma revolução mundial na área de biomassa e aproveitar todo nosso potencial", finaliza Gonçalves.

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