Motta Araujo para o Blog de Luiz Nassif on line
Centenária firma de grãos com sede em Minneapolis nos EUA, nascida em 1865 no rescaldo da Guerra Civil. É uma firma de família, privada, não tem ações em bolsa, se fosse de capital aberto seria a 9ª empresa dos EUA, maior que a Ford Motor Co.
Em 2012 faturou 140 bilhões de dólares, tem 1.000 fábricas e terminais em 66 países, controlada pelas familias Cargill e MacMillan que são interligadas. A família é discretíssima, poucas fotos existem, a fortuna familiar é estimada em 30 bilhões de dólares.
Cargill fornece 22% da carne consumida nos EUA, sua grande fonte de abastecimento é a Argentina.
A Cargill não é só uma trading de grãos, processa todos os tipos de produtos agrícolas, produz óleos vegetais, alimentos de muitos tipos, adubos (comprou a Provimi), é a exclusiva fornecedora de ovos para a McDonald tem portos, navios, barcaças, terminais, silos.
Sua história é bem complicada com muitos inimigos, acusada de ser aproveitadora de guerra na Primeira Guerra Mundial quando abastecia as tropas inglesas cobrando caro.
A Bolsa de Chicago recusou sua filiação em 1934, por forte resistência de outros traders, com forte apoio do governo a Bolsa foi obrigada a aceitá-la como trader, continuando a Cargill a ter como inimigos os outros membros.
Suspensa da Bolsa em 1938 sob acusação de manipulação de preços, cinco anos depois avisaram que aceitariam sua volta, mas a Cargill, orgulhosa e arrogante, se recusou.
Só voltou à Bolsa em 1962.
A Cargill é reconhecida pelo seu excepcional serviço particular de inteligência para acompanhar as safras de produtos agrícolas em todo o mundo, considerado melhor que do próprio Departamento de Agricultura dos EUA. É essa massa de informações que permite à Cargill se antecipar às flutuações e fazer seu jogo de preços.
Como toda grande firma passou por muitas crises, a maior foi a quebra da Russia em 1998, sua grande cliente de grãos, que começou a comprar em 1976 em quantidades cada vez maiores, a Cargill vendia à prazo.
A Russia deu calote por dois anos causando grande impacto às finanças da Cargill, que já tinha sofrido antes com a crise de grandes países da Ásia, seus compradores fortes, como Indonésia, Coréia do Sul e Tailândia.
Brasil e Índia são dois grandes mercados em expansão, no Brasil a Cargill tem até banco próprio para gerir seu caixa, responde por boa parte da exportação da safra de soja, é a maior do Quinteto dos Grãos mas aparece menos que as outras quatro, é política da firma ser o menos visível possível por boas razões.
No seu século e meio de vida teve muitos inimigos e agora é alvo preferencial de ongs tipo Greenpeace que a acusam de todo tipo de crime ambiental com ou sem razão.
Uma grande empresa audaciosa, misteriosa, ambiciosa ao extremo, responde por boa parte da alimentação do planeta, é uma das maiores empresas do Brasil e muita gente nunca ouviu falar dela.
Centenária firma de grãos com sede em Minneapolis nos EUA, nascida em 1865 no rescaldo da Guerra Civil. É uma firma de família, privada, não tem ações em bolsa, se fosse de capital aberto seria a 9ª empresa dos EUA, maior que a Ford Motor Co.
Em 2012 faturou 140 bilhões de dólares, tem 1.000 fábricas e terminais em 66 países, controlada pelas familias Cargill e MacMillan que são interligadas. A família é discretíssima, poucas fotos existem, a fortuna familiar é estimada em 30 bilhões de dólares.
Cargill fornece 22% da carne consumida nos EUA, sua grande fonte de abastecimento é a Argentina.
A Cargill não é só uma trading de grãos, processa todos os tipos de produtos agrícolas, produz óleos vegetais, alimentos de muitos tipos, adubos (comprou a Provimi), é a exclusiva fornecedora de ovos para a McDonald tem portos, navios, barcaças, terminais, silos.
Sua história é bem complicada com muitos inimigos, acusada de ser aproveitadora de guerra na Primeira Guerra Mundial quando abastecia as tropas inglesas cobrando caro.
A Bolsa de Chicago recusou sua filiação em 1934, por forte resistência de outros traders, com forte apoio do governo a Bolsa foi obrigada a aceitá-la como trader, continuando a Cargill a ter como inimigos os outros membros.
Suspensa da Bolsa em 1938 sob acusação de manipulação de preços, cinco anos depois avisaram que aceitariam sua volta, mas a Cargill, orgulhosa e arrogante, se recusou.
Só voltou à Bolsa em 1962.
A Cargill é reconhecida pelo seu excepcional serviço particular de inteligência para acompanhar as safras de produtos agrícolas em todo o mundo, considerado melhor que do próprio Departamento de Agricultura dos EUA. É essa massa de informações que permite à Cargill se antecipar às flutuações e fazer seu jogo de preços.
Como toda grande firma passou por muitas crises, a maior foi a quebra da Russia em 1998, sua grande cliente de grãos, que começou a comprar em 1976 em quantidades cada vez maiores, a Cargill vendia à prazo.
A Russia deu calote por dois anos causando grande impacto às finanças da Cargill, que já tinha sofrido antes com a crise de grandes países da Ásia, seus compradores fortes, como Indonésia, Coréia do Sul e Tailândia.
Brasil e Índia são dois grandes mercados em expansão, no Brasil a Cargill tem até banco próprio para gerir seu caixa, responde por boa parte da exportação da safra de soja, é a maior do Quinteto dos Grãos mas aparece menos que as outras quatro, é política da firma ser o menos visível possível por boas razões.
No seu século e meio de vida teve muitos inimigos e agora é alvo preferencial de ongs tipo Greenpeace que a acusam de todo tipo de crime ambiental com ou sem razão.
Uma grande empresa audaciosa, misteriosa, ambiciosa ao extremo, responde por boa parte da alimentação do planeta, é uma das maiores empresas do Brasil e muita gente nunca ouviu falar dela.
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