Na pindaíba, Paraná corta escola e pega empréstimo por estádio
Rodrigo Mattos (*)
Julho de 2013: o governo do Paraná faz grande corte de orçamento, o que afeta saúde e educação, incluindo a construção de escolas. Fevereiro de 2014: o governo toma uma empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para repassa-lo à construção da Arena da Baixada para a Copa-2014.
Quase excluído do Mundial, o Estado vive grave crise financeira: a redução de despesas em 2013 foi necessária para pagar o 13o salário de funcionários.
Antes disso, até telefones da polícia foram cortados por falta de pagamento.
Seu endividamento com o governo federal atinge R$ 13,2 bilhões. E só depois de decisão judicial foi possível volta a pegar empréstimos, o que era negado pelo Tesouro Nacional.
Foi com essa capacidade de endividamento renovada que o Paraná pôde pedir R$ 250 milhões para o BNDES, na quarta-feira passada. Desse total, R$ 65 milhões serão usados para solucionar a falta de recursos do Atlético-PR para acabar as obras da Arena da Baixada. O dinheiro do banco público entra depois, enquanto isso, a Fomento Paraná, banco do Estado, banca a obra.
O empréstimo do BNDES sai de uma linha para os Estados que prevê recursos para investimentos em projetos prioritários para a região. Caberá ao banco público analisar se a Arena da Baixada se encaixa neste quesito.
Informações do BNDES indicam que o dinheiro pode sair mais caro do que a linha de crédito do Pro-Copas, que tinha juros de TJLP mais 1%. Mas o Atlético-PR alega que não há diferença em relação às condições do primeiro empréstimo. Certo é que vai demorar a sair porque a análise do banco público não será rápida.
“Serão exatamente as mesmas condições'', afirmou o presidente do Atlético.PR, Mário Celso Petraglia. “Não há doação de dinheiro. São empréstimos liberados mediante garantias reais apresentadas pelo clube. São operações de crédito como as feitas normalmente para a realização de outros empreendimentos que pedem apoio do Estado”, defendeu o governador do Estado, Beto Richa.
O governador acrescentou que tudo que foi feito para manter Curitiba na Copa por ser importante para a economia do Estado.
No corte de julho de 2013, o Estado do Paraná bloqueou um total de R$ 78 milhões para construção de 130 escolas, segundo a “Gazeta do Povo''.
Mais do que o valor do empréstimo destinado à Arena.
(*) Jornalista é colunista da UOL
Rodrigo Mattos (*)
Julho de 2013: o governo do Paraná faz grande corte de orçamento, o que afeta saúde e educação, incluindo a construção de escolas. Fevereiro de 2014: o governo toma uma empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para repassa-lo à construção da Arena da Baixada para a Copa-2014.
Quase excluído do Mundial, o Estado vive grave crise financeira: a redução de despesas em 2013 foi necessária para pagar o 13o salário de funcionários.
Antes disso, até telefones da polícia foram cortados por falta de pagamento.
Seu endividamento com o governo federal atinge R$ 13,2 bilhões. E só depois de decisão judicial foi possível volta a pegar empréstimos, o que era negado pelo Tesouro Nacional.
Foi com essa capacidade de endividamento renovada que o Paraná pôde pedir R$ 250 milhões para o BNDES, na quarta-feira passada. Desse total, R$ 65 milhões serão usados para solucionar a falta de recursos do Atlético-PR para acabar as obras da Arena da Baixada. O dinheiro do banco público entra depois, enquanto isso, a Fomento Paraná, banco do Estado, banca a obra.
O empréstimo do BNDES sai de uma linha para os Estados que prevê recursos para investimentos em projetos prioritários para a região. Caberá ao banco público analisar se a Arena da Baixada se encaixa neste quesito.
Informações do BNDES indicam que o dinheiro pode sair mais caro do que a linha de crédito do Pro-Copas, que tinha juros de TJLP mais 1%. Mas o Atlético-PR alega que não há diferença em relação às condições do primeiro empréstimo. Certo é que vai demorar a sair porque a análise do banco público não será rápida.
“Serão exatamente as mesmas condições'', afirmou o presidente do Atlético.PR, Mário Celso Petraglia. “Não há doação de dinheiro. São empréstimos liberados mediante garantias reais apresentadas pelo clube. São operações de crédito como as feitas normalmente para a realização de outros empreendimentos que pedem apoio do Estado”, defendeu o governador do Estado, Beto Richa.
O governador acrescentou que tudo que foi feito para manter Curitiba na Copa por ser importante para a economia do Estado.
No corte de julho de 2013, o Estado do Paraná bloqueou um total de R$ 78 milhões para construção de 130 escolas, segundo a “Gazeta do Povo''.
Mais do que o valor do empréstimo destinado à Arena.
(*) Jornalista é colunista da UOL
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