O candidato ao Senado Blairo Maggi (PR) sustenta que, independentemente de críticas, é preciso reconhecer que Mato Grosso desponta na vanguarda nacional de ações e discussões em prol do meio-ambiente. Prova disso, segundo Maggi, é o programa MT Legal, que teria inspirado a elaboração do novo Código Florestal do país.
A reforma do código foi aprovada por uma comissão especial na Câmara dos Deputados este mês e ainda passará pela apreciação final no plenário da Casa, de onde deverá seguir para o Senado Federal.
Candidato ao Senado, Maggi afirma que a definição de regras ambientais claras e executáveis são fundamentais, neste momento, para que o Brasil consiga aliar desenvolvimento socioeconôm ico à sustentabilidade ambiental. “O que o país todo está discutindo hoje no Código Florestal já vinha sendo trabalhado por Mato Grosso há muito tempo devido à necessidade que tivemos de mudar. Com a pressão mundial, se não nos adaptássemos a um novo modelo de produção, não sobreviveríamos. Sentei com os que criticavam nosso Estado e com eles, construímos um consenso de como organizar a agricultura e a pecuária. Hoje trabalhamos nessa direção”, disse Maggi.
O candidato ao Senado alerta que os problemas fundiários se tornaram o principal entrave para avanços na adoção de práticas que promovam o desenvolvimento sustentável.
Maggi alerta que grande parte dos produtores amarga prejuízos trazidos pelas irregularidades ambientais geradas automaticamente quando a lei aumentou a reserva legal de 50% para 80% na Amazônia. Em outros casos, os trabalhadores rurais sequer conseguem dar início ao uso de suas terras por falta de título fundiário e de critérios definidos para que ela ocorra. O gargalo atravanca grandes e até mesmo pequenos produtores que plantam para subsistência familiar.
O lavrador Aotair Molina Abramoski, 48 anos, relata que nem mesmo a venda dos 150 hectares que possui na área de Nova União, distrito de Cotriguaçu, seria o suficiente para pagar a multa de R$ 350 mil aplicada pelo Ibama no mês passado. “Estou na terra desde 2001, mas o Ibama e o Incra nunca vieram aqui me dar nenhuma orientação. Desmatei 69 hectares para plantar café e criar 50 cabeças de gado leiteiro e sustentar minha família. Não consegui até hoje a titulação da terra, que me impede de receber o licenciamento ambiental e pegar financiamento para plantar. Fiz tudo por conta própria para sobreviver e ainda levei uma multa que não posso pagar”, desabafa Aotair.
A história do pequeno produtor é parecida com a dos demais habitantes da região, que agora enxergam no MT Legal a possibilidade de garantir a legalização e assim obter créditos para subsidiar o desenvolvimento de suas atividades, incrementando a renda familiar. O programa prevê mapeamento e restauração de passivos ambientais e regularização de posse fundiária.
Nota do Blog: Basta olhar em volta de Santarém e região e perguntar quem consegue titularidadede suas terras para poder trabalhar com dignidade, ter acesso a créditos, a tecnologia, enfim ser um cidadão comum. Produtor de qualquer coisa sempre será visto como bandido, lamentavelmente.
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