Marina admite "coexistência" com alimentos transgênicos
Em entrevista por telefone ao programa Nossa Voz da Rádio Grande Rio de Petrolina (PE) na manhã desta segunda-feira (19), a candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, defendeu a produção de alimentos transgênicos.
"Tinha a posição de que poderíamos ter áreas com transgênicos e sem transgênicos, com leis que favorecessem os dois produtores. (...) Temos um grande mercado de transgênico na Europa. Os solos de vários países produtores já estão contaminados, só o Brasil ainda não está e poderia ganhar duas vezes. Sou a favor de um modelo de coexistência, mas receio que isso não seja mais possível", disse.
A presidenciável voltou a defender a continuidade do programa Bolsa Família. "Conheço o Brasil, passei pelas mazelas. Muitos não sabem o que é acordar sem ter o que comer. Mas o Bolsa Família não é suficiente", disse.
Marina acredita que é possível reverter a terceira posição que ocupa nas pesquisas de intenção de voto. "Por onde ando sinto respeito dos homens, crianças, mulheres e idosos. Quando temos a oportunidade de mostrar ideias, as pessoas se engajam. Recursos são importantes, mas não são tudo. O engajamento das pessoas e a confiança delas são importantes".
A candidata verde disse não concordar com "a tese de que todos os petistas participaram do Mensalão". "Quem disse que para ser presidente precisa aceitar a corrupção? Noventa e nove por cento da população não é corrupta e há vários no governo que não são. Para ser po lítico, não precisa ser corrupto", afirmou.
Questionada sobre seus adversários na corrida ao Palácio do Planalto, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina disse vê-los como pessoas competentes e disse que, se eleita, irá governar com a ajuda dos dois partidos. "Aprendi com Chico Mendes que não podemos subestimar nem agredir o adversário, mas tratá-los com respeito. Isso não significa que não farei críticas, principalmente à visão do desenvolvimento. Acham que o meio ambiente é contra o desenvolvimento", disse.
Marina ainda falou sobre seus projetos na área da educação e da saúde e ressaltou a capacidade de geração de energia no Nordeste. "Eólica, biomassa, solar... É só a gente usar a tecnologia da forma correta".
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