Palmito ecológico prospera com plantios em São Paulo
Com organização e profissionalização, Vale do Ribeira contribui para aumentar oferta e qualidade da pupunha no país.
Vale do Ribeira tem 36 milhões de pés de pupunha e produção de 22 toneladas anuais.
O mercado de palmito no Brasil sempre foi cercado de ilegalidades.
A partir da década de 1960, tornou-se comum a extração da espécie juçara, de alta qualidade, nativa da Mata Atlântica. Como a palmeira começou a rarear, uma outra planta, originária da Amazônia e de características mais sustentáveis, manifestou potencial para ocupar o lugar do juçara: a pupunha.
E, curiosamente, é graças à contribuição de uma das regiões mais carentes de São Paulo, o Vale do Ribeira, que a produção desse nobre produto ganha corpo no país.
Situado no sul paulista, o Vale do Ribeira ganhou notoriedade pelas plantações de banana, que hoje somam 48 mil hectares. Entretanto, muitas áreas antes voltadas à bananicultura estão aos poucos sendo direcionadas à pupunha. Estimativas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura paulista, dão conta de que há 7 mil hectares cobertos pelo palmito.
Calcula-se ainda que há 36 milhões de pés, o que resulta em uma produção de 22 toneladas anuais. A região já figura entre as maiores na produção de pupunha no Brasil, ao lado de Bahia, Espírito Santo, Rondônia e Pará. “Nos últimos dez anos, o plantio de banana no Vale do Ribeira registrou uma diminuição de 6 mil hectares, que foi mais ou menos o aumento da área de cultivo de pupunha”, afirma Eduardo Soares Zahn, assistente de planejamento da Cati da cidade de Registro, SP.
Segundo Zahn, o custo de implantação das duas culturas não é tão diferente, mas os gastos com manutenção e mão de obra são bem menores com o palmito.
Nota do Blog: Aqui na região mais ecológica do País nem isso sabem copiar. Mais fácil importar de São Paulo e pagar o preço que vier. Para quem não sabe , pupunha também é agronegócio.
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