quinta-feira, 22 de julho de 2010

Motos x Vidas Humanas

O que vale mais: uma moto ou uma vida humana?
Padre Edilberto Sena (*)

Parece uma pergunta boba, mas não é! Basta conferir quantas vidas são cortadas, a cada mês, no trânsito da cidade. E não é só por causa das motos! As ruas estão ficando, cada dia, mais sobrecarregadas de automóveis, ônibus, caçambas e carretas. Motos, nem precisa conferir.

De fato, o trânsito da cidade carece urgente de ondas verdes, ondas azuis e tantas ondas que venham preservar a vida humana e moralizar as consciências de todos os motoristas e dirigentes de bicicletas e carroças de bois e cavalos. Mas os pedestres também precisam respeitar as ondas verdes, amarelas e vermelhas.

Parece que o setor de trânsito da cidade está decidido a organizar todo o sistema de tráfego urbano e precisa acelerar esse serviço. Dentro de quatro meses a cidade de Santarém vai receber cerca de 8.000 visitantes, durante cinco a seis dias do Fórum Social Pan Amazônico.

Pode-se bem imaginar a urgência de sinalizações para a preservação de vidas dos que aqui vivem e dos que estarão em visita durante o evento. Um só exemplo do quanto se carece de uma boa engenharia de trânsito: a Avenida Sérgio Henn, especialmente desde a Avenida Moaçara até o final do bairro Nova República, já causou mortes e é um risco constante para pedestres e motoristas. É uma rua estreita, não tem acostamento, nem calçadas, além de alguns buracos nas laterais. É urgente uma engenharia de trânsito ali, antes que outros acidentes ocorram.

Como evitar carros parados na avenida? Como abrir um calçamento para pedestre? E assim por diante. É urgente que os engenheiros de trânsito do município organizem o ordenamento na cidade, antes que tantas outras mortes aconteçam e também para que os visitantes, em novembro, possam vir e retornar aos seus locais, reconhecendo que Santarém é uma cidade hospedeira e organizada. Mãos a obra, cavalheiros!

Se hoje Santarém sofre os impactos da avalanche de veículos em ruas estreitas, não se pode simplesmente cruzar os braços e lamentar acidentes diários e mortes constantes. O direito à vida está acima do direito de trafegar a qualquer custo.

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém (*)

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