A derrota faz parte da vida tanto quanto às vitórias.
O dia a dia nos mostra o quanto muitas vezes uma derrota na vida nos faz acreditar que um dia se consiga a vitória, na maioria das vezes obtidas com determinação, empenho, força de vontade, gana, garra e princípios.
Tudo isso faz parte da vida de um ser humano.
Através dos erros se corrige para se obter acertos.
No esporte nada disso se modifica.
Porém , quando se observa um time de futebol entrar em declínio pelas suas próprias fragilidades e principalmente pela sua própria incompetência, não há porque se dizer que foram erros circunstanciais.
Tal qual numa empresa você saber que naquele caminho você terá sucesso e lucro na venda de seu produto e você quase no final do caminho resolve mudar de estratégia apenas por capricho, e o resultado de positivo se torna negativo.
O Palmeiras fez isso.
Tinha um técnico arrogante, presunçoso, mas vitorioso. Por picuinhas e já pensando em outro técnico o demitiu sob uma desculpa esdrúxula de que passou por cima da autoridade da Diretoria etc. Pura balela para justificar o óbvio. Como naquela altura outro técnico badalado estava livre no mercado tentou de todas as formas enganar o torcedor, mas nos bastidores, já ajeitava sua contratação. Ela não veio no primeiro momento.
O técnico tampão foi providenciado e conclusão passou a ser vitorioso, mas era tampão e visto como tal. Os jogadores insistiam na sua permanência mesmo sabendo que o outro badalado poderia vir. Os resultados com o tampão estavam dando certo. Mas ele continuava sendo visto como tampão.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. E o técnico badalado foi contratado. Pegou um time embalado e quase líder. Teve mérito de colocá-lo na liderança e por 19 rodadas conseguiu mantê-lo.
A coisa da noite para o dia perdeu o rumo. Perdeu o foco. E o time de mediano, mas líder passou a jogar mal, sem nenhuma vibração, sem nenhuma garra e perdendo pontos absurdos para equipes de muito menos técnica e que vivam momentos difíceis, que qualquer time mediano e com vontade os superariam sem qualquer dificuldade, o que alias, aconteceu com seus diretos concorrentes. Enquanto ele perdia pontos, os concorrentes jogando contra os mesmos adversários somavam pontos.
Veio a briga estapafúrdia e sem sentido do Presidente do Clube com um árbitro. Coisa injustificável, pela pessoa que é pelo conceito de equilíbrio de um homem culto e principalmente pelo cargo que ocupa. Logo em seguida veio à briga entre os próprios jogadores dentro do campo que o demonstrava uma insatisfação e falta de comando. Alegar nervosismo, alegar insegurança, alegar falta de peças de reposição numa eventual ausência de um atleta, é a mais famosa desculpa para esconder a inabilidade. Técnico serve exatamente nessa hora. Mostrar pulso e determinação. Exigir raça e comprometimento. Exigir respeito pela camisa que vestem e pelas tradições do clube. Perder, ganhar e empatar são do esporte. Mas, não haveria nenhuma contrariedade da torcida se as derrotas ou empates inesperados ocorressem com um time vibrante e determinado. Qualquer torcedor sabe quando há dias que não dá certo, mas existe a luta e a dedicação. Mas, flagrantemente foi observada uma apatia, um desinteresse ou quem sabe uma soberba pelo fato chegar a ter cinco pontos de diferença do segundo colocado.
Conclusão tudo tem um preço e o que é pior com prejuízo enorme.
Se a perda de um título que não se consegue há bons pares de anos, já é uma enorme perda financeira e de prestigio, imagina perder uma vaga ao Torneio internacional nas América mais importante que lhe concede a oportunidade de disputar o título Mundial Inter-Clubes.
Pobre Palmeiras. Um ano inteiro jogado literalmente na lata do lixo. Exatamente por falta de comando de quem sempre apregoou ser um líder. Exatamente por falta de comando de quem deveria ser o mais equilibrado, o mais centrado e o mais diferenciado que é o seu Presidente.
Por isso, como palmeirense, mas antes de tudo um apreciador do esporte e torcedor de pés no chão, temos que aplaudir o título do Flamengo ganho no campo e aproveitando as brechas deixadas por aqueles que tiveram a chance de ser campeão. Palmeiras, bem mais que os demais, Atlético Mineiro, Internacional, São Paulo e não tiveram competência. Comemorem porque mereceram. Os demais vão chorar na cama que é lugar quente.
Agora, Palmeiras, que vergonha!!!
Antenor Pereira Giovannini -

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