Padre Edilberto Sena (*)
As nomenclaturas que vão surgindo nos últimos tempos mais parecem embalagens bonitas de produtos descartáveis, a beleza delas não corresponde à eficiência do conteúdo.
Hoje se fala mundo a fora em sustentabilidade, em controle do efeito estufa, em crédito carbono e por aí vai. A notícia de hoje fala que Santarém terá em breve um Conselho de desenvolvimento econômico social. Será formado por 42 pessoas, com representantes do poder público e da sociedade civil. Quem ouve assim pode pensar: “Ah, agora vai!”. Vai para onde? Alguém ainda lembra das chamadas Câmaras técnicas criadas em Santarém? Pois é, criar um conselho de desenvolvimento não é difícil.
Primeiro se precisa saber o que significa para os 42 membros, o conceito de desenvolvimento social. Se este conselho daqui vai seguir a ideologia do conselho federal de desenvolvimento, não se pode esperar nada de bom. Enquanto na definição correta o desenvolvimento significa grande melhoria na qualidade de vida de toda uma população, aí incluída melhoria da saúde, da educação, da habitação, da renda familiar, do lazer e da consciência cidadã; o significado para o conselho federal é crescimento econômico da elite nacional.
O conselho nacional de desenvolvimento foi criado há 07 anos e nesse período apresenta como avanços na criação de políticas públicas em dois rumos: para o povo criou a lei das micro e pequenas empresas, o micro crédito, um aumento do salário mínimo que continua bem mínimo; já para o poder dominante, o conselho criou o Programa de Aceleração do Crescimento, com orçamento de 504 bilhões de reais; criou as parcerias público-privadas, paga as dívidas dos empresários do agro negócio, etc., daí que se compreende que o tal conselho de desenvolvimento econômico social de Santarém não será diferente e, infelizmente a população não pode esperar melhoria de vida.
Sem medo de errar, isto será mais um pacote com embalagem colorida e conteúdo 1 e 99, como os produtos feitos no Paraguai.
(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém
Caro Editor, este cidadão não tem mais vez nem no blog do JESO que cansou de suas lorotas, porque o senhor continua dando trela a este rei do presságio nefasto? (Marcos Freitas)
ResponderExcluirCaro Sr Marcos Freitas
ResponderExcluirMais uma vez agradeço sua audiência.
Creio que o leitor teve oportunidade de ler um artigo postado hoje pela manhã, quando a Judith Brito expressou através do seu artigo uma indignação a respeito de "Censura Nunca Mais".
Não sei se o leitor vivenciou essa época. Chocante acrescido de terrível. Hoje podemos respirar esse ar de liberdade, apesar de alguns débeis quererem o retorno da censura, e principalmente na questão da escrita. Não imagina o caro leitor, a mim , quanta satisfação me concede esse espaço para poder expôr uma porrada de idéias pessoais e que certamente não irão se afinar com outros leitores. Muitos compartilham mas outros divergem. A boa regra dessa liberdade é exatamente isso. Já tive oportunidade de escrever que se todos forem para o mesmo lado do barco, ele afunda. Por isso a importância de termos muitas opiniões. Inclusive essa sua.
O reral sentido de sermos livres em termos de escrita nos proporciona isso. O fato de querer impedir ou não publicar algum texto, seja do Padre Edilberto, seja de outro eu estaria cometendo a mesma coisa que cometeram com o povo brasileiro no periodo do Regime Militar quando a maioria dos jornais vinha com receita de bolo em suas capas.
Espero me ter feito entender pelo meu caro e importante leitor e que continue a nos prestigiar.
O amigo deve notar que às vezes que rabisco algo no Blog do meu amigo pessoal Jeso, sofro muitas e muitas criticas. Mas, isso faz parte desse processo de liberdade que todos temos.
E isso meu caro Marcos é bom demais, acredite.
Continue enviando suas criticas.
Antenor Giovannini