Rios da Amazônia registram níveis próximos aos de vazantes recordes
Seca já atinge navegação, abastecimento e transporte de algumas comunidades.
A região Amazônica enfrenta uma das maiores secas dos últimos anos.
Por causa da falta de chuva, os rios Javari, Juruá, Japurá, Acre, Negro, Purus, Iça, Jutaí, Solimões e Madeira (foto) estão com níveis abaixo da média. Dados da estação telemétrica de Tabatinga, por exemplo, indicam queda acentuada no nível do rio Solimões nesta cidade, o que dificulta a navegação até Tefé, fazendo com que, por razões de segurança, a navegação seja limitada ao período diurno.
No Porto de Manaus, o nível do Rio estava em 20,67m no dia 08/09, mas vem baixando dia a dia. A menor cota já registrada no Porto foi de 13,64 m, em 1963.
Os efeitos da seca já são sentidos pela população local, uma vez que os rios da região têm papel fundamental principalmente para o transporte, abastecimento de alimentos, medicamentos e combustíveis. Essa população está tendo que percorrer grandes distâncias para obter água de boa qualidade, já que, em muitos casos, a qualidade da água disponível está comprometida devido à mortandade de peixes. No início de setembro, a Defesa Civil do Amazonas emitiu alertas para 26 municípios do Estado.
No rio Abunã, em Porto Velho (RO), desde maio a cota medida também vem acompanhando os níveis da estiagem de 2005, embora uma pequena ascensão tenha sido observada a partir de 3 de setembro.
Por causa da seca, a Capitania dos Portos da região proibiu o transporte por barcos de alimentos e passageiros no período noturno e ameaça suspender por tempo indeterminado o transporte de veículos pesados pelas balsas, o que pode prejudicar o abastecimento de alimentos e outras mercadorias essenciais, como combustíveis, nos estados de Rondônia e, principalmente, do Acre.
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