Especialistas alertam sobre a importância da carne suína na alimentação
Com foco na divulgação das qualidades nutricionais da carne suína, o Projeto Nacional do Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) junto à Associação Paranaense de Suinocultores (APS) realizou na última terça-feira (14) durante a PorkExpo – maior evento da suinocultura mundial – uma palestra ministrada pelo médico gastroenterologista Arnaldo Ganc, chefe do departamento de endoscopia do Hospital Albert Einstein e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para mais de 100 estudantes de medicina e nutrição de 10 faculdades da região, Ganc dividiu a explicação para esse conceito arraigado na população contra a carne suína em cinco tópicos diferentes: misticismo e religião; estereótipo histórico; a histeria do colesterol; mudanças no padrão de beleza; e erro médico.
Ainda dentro dos tópicos principais do preconceito, o palestrante abordou a “histeria do colesterol” como um grande vilão. Ganc explica que nos últimos anos vem baixando os índices desejáveis da substância no organismo e que muitas vezes, no imaginário popular, o colesterol é relacionado diretamente com a gordura. “O que poucos sabem é que a produção de colesterol tem 80% de componentes genéticos e apenas 20% de componentes alimentares”.
Atualmente o consumidor mudou e está mais preocupado com sua saúde e bem-estar e, por isso, os investimentos para levar até este consumidor qualidade, sabor e saúde são altos, explicou o gastroenterologista. Ganc ainda destacou que o uso da tecnologia coloca a suinocultura entre as atividades mais modernas do agronegócio brasileiro e a carne suína um dos alimentos mais saudáveis que chegam à mesa dos consumidores.
O encontro também contou com a palestra “Responsabilidade Nutricional, a nova fronteira das mídias”, do consultor de comunicação e marketing do PNDS, Fernando Barros.
Com foco em jornalistas e profissionais do agronegócio, Barros explicou que o Brasil é o 4º maior produtor mundial e o 4º maior exportador mundial de carne suína, contudo, a carne suína é a menos consumida pelos brasileiros, que consumem cerca de 13kg per capita anual, enquanto países como a Áustria (um dos 10 países mais ricos do mundo em termos de PIB) consomem 73kg de carne suína per capita anual.
O consultor destacou ainda que de 1980 a 2010, houve redução do tamanho das famílias, de 4,3 filh os/família para 3,2 e, depois passou para 1,4 filhos/família.
“Isso mostra que, assim como o padrão de família mudou os cortes de carne suína também precisam mudar, o comércio deverá trabalhar com cortes específicos, fracionados, que ofereçam ao consumidor compras em pequenas proporções”.
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