quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Outro que se acha

Afora alguns motoqueiros vale expressar outra classe onde basta ter um pouquinho de sucesso (graças à mídia em geral) se tornam o rei da cocada, logo se acham o tal. 
Jogador de futebol profissional.

Troquei e-mails com meu amigo e tremendo médico Dr. Bruno Moura que resolveu enveredar para os caminhos de futebol profissional em nossa cidade, exatamente sobre esse assunto onde essa classe basta ter uma vitória, ganhar um campeonato, enfim fazer uma campanha boa, para virem junto à Diretoria dos clubes arrotarem (desculpem o termo chulo) uma prepotência, e exigindo uma série de coisas, onde a grande maioria dos clubes já semi-falidos, não conseguem cumprir e o jogador vai embora.
A história se repete ha anos desde que o futebol profissional virou essa máquina de comércio onde há excessos e exageros de ambos os lados.

Ontem tivemos um desses exemplos tristes.

Jogador Neymar do Santos Futebol Clube, badalado, que de Dezembro de 2009 onde era profissional das categorias de base e com uma multa rescisória alta caso algum clube quisesse adqurí-lo, mas com um salário um pouco maior que de um jogador de base, passou em agosto de 2010 a ser um dos mais bem pagos do País por ter recusado uma oferta de mais Usd 70 milhões de dólares do Chelsea da Inglaterra para continuar no Santos. Um menino de 18 anos. 
O sucesso subiu. Virou pop e milionário da noite para o dia. Sem preparo. Sem acompanhamento. 
Apenas uma boa técnica e um projeto de bom jogador de futebol. 
Já algumas semanas foi acusado de humilhar atletas de outros clubes se declarando "um milionário" e o outro "pobre" ao tentar fazer uma jogada durante o jogo. Ontem contra o Atlético Goianense em plena Vila Belmiro expôs de maneira vexatória e ridícula esse total despreparo para antes de ser atleta ser um homem.

Xingou de forma vergonhosa e em público seu técnico (que aliás é um dos seus maiores defensores, protetores e conselheiro) pelo fato dele não deixá-lo bater um pênalti, haja visto ele ter perdido alguns de uns tempos para cá, e não contente desclassificou seus colegas de time que estavam sentados no banco afora os do time adversário. Lamentável.

Por favor, não venha à mídia ou alguns dizerem que é apenas um garoto, são erros de juventude. Educação vem do berço. E não importa que classe social pertença o berço. Respeitar os mais velhos, respeitar seus semelhantes, respeitar o espaço do outro, dar respeito a si próprio são regras básicas de educação. Ontem esse moço demonstrou estar desprovido de todas elas.

Creio que não basta um psicólogo para acompanhá-lo. Tem que ser punido. Tem que ser colocado no seu devido lugar como homem e como atleta. Ganhando os milhões que for.
As declarações do técnico adversário (que alias é muito preparado para isso e lida com jovens há muitos anos) Renê Simões após a partida foram das mais contundentes e verdadeiras e que deveriam ser mostradas a esse moço para que assistisse por inúmeras vezes para entender o que significa antes de tudo a palavra respeito.

Esperamos que o Santos e inclusive o Tribunal de Justiça Desportiva leve em conta os vídeos e os testemunhos e apliquem um corretivo para o bem desse rapaz.

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