Há 100 anos atrás exatamente no dia 1º de setembro de 1910 nascia numa esquina do Bairo do Bom Retiro em São Paulo, o Sport Clube Corinthians através de um grupo de homens de vida humilde - os pintores de casa Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira e César Nunes; o sapateiro Rafael Perrone; o motorista Anselmo Correia; o fundidor Alexandre Magnani, o macarroneiro Salvador Lopomo, o trabalhador braçal João da Silva e o alfaiate Antônio Nunes - decidiram fundar o seu próprio clube de futebol.
Assim, às 20h30m do dia 1° de setembro, à luz do lampião de gás, altura do número 34 que iluminava a da Avenida dos Imigrantes (atual José Paulino), no Bom Retiro, treze pessoas sacramentaram a fundação do Sport Corinthians Paulista, eles se reuniram e redigiram o primeiro estatuto do clube. Faltava apenas financiamento para o sonho se realizar. Foi aí que Miguel Bataglia entrou em cena. Bataglia era um requintado alfaiate; aceitou participar e foi oficialmente nomeado o primeiro presidente.
O clube já tomava uma cara, mas faltava o nome. As idéias passaram por Santos Dummont, Carlos Gomes e até Guarani, mas nenhuma delas foi escolhida. Foi então que Joaquim Ambrósio sugeriu homenagear o famoso time inglês que fazia uma excursão pelo país: o Corinthian Football Club. O clube que se tornaria o mais querido do Brasil já tinha nome. A torcida e a imprensa chamavam a equipe de Corinthian’s Team. Assim, a letra "s" foi acrescentada ao nome, e o clube ganhou o elegante nome Corinthians. Nascia o Sport Clube Corinthians Paulista.
Aplausos de um palmeirense a esse clube centenário.
Alguém poderá dizer que como um blog de um palmeirense pode citar o nome do maior rival.
O detalhe que o blogueiro ainda é da época que palmeirenses e corintianos iam ao jogo juntos, vibravam juntos cada um por seu clube e um saia com a cabeça inchada e do estádio um bom sanduíche no Ponto Chic do Largo Paysandu com um chope escuro acompanhando e o perdedor pagava e a volta para casa era somente de gozação de um com o outro e que terminava no portão ou na parada do ônibus onde alguém descia.
Apenas isso. Apenas um torcedor com direito de torcer por outro clube.
Nada comparável a irracionalidade que se observa hoje onde o torcedor de outro clube é visto como inimigo mortal e por isso tem que ser abatido de forma inapelável. Nada disso.
Com isso tento abraçar amigos que antes de serem corintianos são e foram amigos já que alguns já se foram. Dessa forma um abraço ao velho Osvaldo Nicoletti, que deve ter entrado no céu carregando sua camisa alvinegra, ao Carlão, ao Felicio, ao Mário, que também Deus já os chamou.
Da mesma forma, um abraço saudoso aos amigos corintianos hoje moradores de Florianópolis: Luizenir e Francisco José Richter.
Ao Dr. Gentil Gimenez, ao Sidney Paixão, ao Dr. Bellini Tavares (nosso colunista), ao Felicio Aguiar, ao Eduardo Gomes, Duda, enfim um abraço a esses corintianos, mas que antes de tudo são amigos.
E não posso esquecer os meus netos Lucas, Renan e o pai deles e que acompanha o blog Anderson e faz parte desse "bando de loucos".
Parabéns a essa nação corintiana que nos deixaram chorar em algumas ocasiões, mas que também nos deixaram sorrir em outras.
Coisas que o esporte proporciona.
Mas, sempre na paz, porque afinal é apenas um esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário