Bellini Tavares de Lima Neto (*)
Tenho pensado um pouco nas diferentes formas de egoísmo praticadas pelo gênero humano. Uma delas é reservar para isso algumas coisas que poderiam muito bem ser compartilhadas com os demais. Ao menos os que me conhecem sabem da minha paixão pela música. Um dia cheguei até a sonhar em viver disso, mas faltou um requisito fundamental. No entanto, a falta dele não me impediu de continuar apaixonado pela música e reverenciar os grandes talentos que existem por aí, nem sempre reverenciados o suficiente e alguns, aliás, até esquecidos.
Graças a essa minha paixão confessa, sempre andei por aí garimpando coisas, pedras preciosas que ficam escondidas, antigamente em pequenos bares ou em lojas de disco e hoje até mesmo na internet. Resultado desse amor pela música foi uma espécie de compulsão que foi me acometendo ao longo dos anos quanto a comprar discos de vinil e, mais tarde, CDs. Fui acumulando disso até entupir meus espaços domésticos. Paciência. Minha sorte foi que isso (e muito mais) a parceira soube compreender e respeitar já que deve ser algum tipo de desvio de personalidade que não tem cura.
Fui comprando, comprando, às vezes furtando de algum desavisado que cometeu o erro grave de me emprestar, mesmo avisado que eu não devolveria (sou um ladrão honesto) e, assim, montei um acervo razoável. É claro que tudo está em linha com aquilo que eu gosto, o que não significa nada além de apenas e tão somente ser o que eu gosto. E o meu gosto é só o meu gosto, nem um centavo a mais. Não é bom nem ruim, pois eu nunca fui a medida de nada.
Mas, imagino eu, deve haver mais gente que pode gostar disso. E, como se sabe, existe uma parcela enorme de obras que nunca foram e continuam não sendo divulgadas e isso por variadas razões que não vem ao caso. O fato é que eu comecei a pensar que muito disso que eu consegui acumular graças ao meu processo de garimpagem não vale nada se não for mais compartilhado com pessoas que possam gostar e que não tiveram as mesmas chances que eu tive. E conclui que a internet, mais especificamente o “facebook” podem ser um veículo interessante para essa divulgação.
Eis que, no entanto, aí esbarrei na minha incomensurável ignorância cibernética. Como inserir essas músicas no “facebook”? Felizmente, para cada anta como eu existem diversas pessoas iluminadas que podem me pegar pela mão e me fazer caminhar pelos meandros desse mundo mágico da informática sem o risco de me afogar nessa navegação temerária. E a solução, desta vez (assim como já em muitas outras), veio pelas mãos inteligentes de meu filho Ricardo. Ele me apresentou um programa (?) chamado SOUNDCLOUD que permite inserir a música e depois levá-la até o “facebook”. Foi o que eu fiz e, pasmem!!!, consegui. Inaugurei essa empreitada com uma canção maravilhosa composta por Baden Powell, um dos maiores violonistas de todos os tempos e Paulo Cesar Pinheiro, um poeta de outra dimensão. A intérprete chama-se MARCIA, uma cantora igualmente de outra dimensão que o Brasil, para variar, conseguiu ignorar e esquecer quase que completamente. E porque iniciar com RIMAS? Porque eu cheguei à conclusão que nascer, crescer, viver e morrer sem ouvir essa canção pode comprometer toda a encarnação.
Aqui vou eu.
(*) Advogado, avô, corintiano e morador em São Bernardo do Campo (SP)
Tenho pensado um pouco nas diferentes formas de egoísmo praticadas pelo gênero humano. Uma delas é reservar para isso algumas coisas que poderiam muito bem ser compartilhadas com os demais. Ao menos os que me conhecem sabem da minha paixão pela música. Um dia cheguei até a sonhar em viver disso, mas faltou um requisito fundamental. No entanto, a falta dele não me impediu de continuar apaixonado pela música e reverenciar os grandes talentos que existem por aí, nem sempre reverenciados o suficiente e alguns, aliás, até esquecidos.
Graças a essa minha paixão confessa, sempre andei por aí garimpando coisas, pedras preciosas que ficam escondidas, antigamente em pequenos bares ou em lojas de disco e hoje até mesmo na internet. Resultado desse amor pela música foi uma espécie de compulsão que foi me acometendo ao longo dos anos quanto a comprar discos de vinil e, mais tarde, CDs. Fui acumulando disso até entupir meus espaços domésticos. Paciência. Minha sorte foi que isso (e muito mais) a parceira soube compreender e respeitar já que deve ser algum tipo de desvio de personalidade que não tem cura.
Fui comprando, comprando, às vezes furtando de algum desavisado que cometeu o erro grave de me emprestar, mesmo avisado que eu não devolveria (sou um ladrão honesto) e, assim, montei um acervo razoável. É claro que tudo está em linha com aquilo que eu gosto, o que não significa nada além de apenas e tão somente ser o que eu gosto. E o meu gosto é só o meu gosto, nem um centavo a mais. Não é bom nem ruim, pois eu nunca fui a medida de nada.
Mas, imagino eu, deve haver mais gente que pode gostar disso. E, como se sabe, existe uma parcela enorme de obras que nunca foram e continuam não sendo divulgadas e isso por variadas razões que não vem ao caso. O fato é que eu comecei a pensar que muito disso que eu consegui acumular graças ao meu processo de garimpagem não vale nada se não for mais compartilhado com pessoas que possam gostar e que não tiveram as mesmas chances que eu tive. E conclui que a internet, mais especificamente o “facebook” podem ser um veículo interessante para essa divulgação.
Eis que, no entanto, aí esbarrei na minha incomensurável ignorância cibernética. Como inserir essas músicas no “facebook”? Felizmente, para cada anta como eu existem diversas pessoas iluminadas que podem me pegar pela mão e me fazer caminhar pelos meandros desse mundo mágico da informática sem o risco de me afogar nessa navegação temerária. E a solução, desta vez (assim como já em muitas outras), veio pelas mãos inteligentes de meu filho Ricardo. Ele me apresentou um programa (?) chamado SOUNDCLOUD que permite inserir a música e depois levá-la até o “facebook”. Foi o que eu fiz e, pasmem!!!, consegui. Inaugurei essa empreitada com uma canção maravilhosa composta por Baden Powell, um dos maiores violonistas de todos os tempos e Paulo Cesar Pinheiro, um poeta de outra dimensão. A intérprete chama-se MARCIA, uma cantora igualmente de outra dimensão que o Brasil, para variar, conseguiu ignorar e esquecer quase que completamente. E porque iniciar com RIMAS? Porque eu cheguei à conclusão que nascer, crescer, viver e morrer sem ouvir essa canção pode comprometer toda a encarnação.
Aqui vou eu.
(*) Advogado, avô, corintiano e morador em São Bernardo do Campo (SP)
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