José Ibanês (*)
"Teles Pires-Tapajós Hidrovia Já”. Esse é o lema de uma campanha desenvolvida por entidades empresariais da região Norte do Mato Grosso que pede a imediata viabilização da hidrovia ligando aquele estado ao Pará.
Além disso, o município de Lucas do Rio Verde, um dos maiores produtores de grãos daquela região, aguarda com ansiedade o início das obras da Ferrovia de Integração Centro-oeste {FICO}, a chamada Ferrovia da Soja, que terá o maior terminal ferroviário da América Latina naquela cidade e de onde sairá uma perna em direção a Santarém.
Essas são as principais alternativas que os produtores de grãos do Mato Grosso perseguem hoje em busca de saída para escoar a produção daquele estado que este ano está alcançando em torno de 40 milhões de toneladas de soja, milho, sorgo, milheto, girassol e outros.
Tudo isso porque o tão sonhado asfaltamento da BR-163, a primeira saída para o Norte, previsto para estar pronto até o final do ano que vem, está com 40 anos atrasado.
“Para nós, a BR-163 é um projeto natimorto, que servirá muito mais para ser usado socialmente do que para exportação de grãos”, disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, durante reunião preparatória do Seminário de Integração do Corredor BR-163, que será realizado em Santarém nos dias 4 e 5 de julho próximo.
Para ele, mesmo que o asfaltamento seja completado até 2014 como promete o governo, a rodovia não conseguirá atender a demanda de transporte para o escoamento da produção mato-grossense por Santarém e por Miritituba.
Para transportar os produtos agrícolas do Mato Grosso seria necessário um tráfego intenso de quase 600 carretas {bi trens} por dia, num vai-e-vem frenético sobre o leito da rodovia. Entretanto, diversos trechos da estrada que receberam asfalto estão cheios de buracos e em outros , o próprio leito da estrada não suporta o peso das carretas.
Conforme previsões do Sindicato Rural de Sinop, até 2015, a produção do Mato Grosso deve aumentar para 50 milhões de toneladas de grãos, chegando a 100 milhões dentro de 10 anos.
“Então, só haverá concorrência de frete quando houver o modal completo {estrada, hidrovia e ferrovia}”, disse Galvan, acrescentando que a BR-163 é uma dívida social do governo que “ajuda um pouquinho”. Para o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Leonildo Barez, embora a BR-163 chegue deficitária, os produtores do Mato Grosso precisam dela, “pois continuamos imprensados, sem saídas para a exportação”. Ele defende não se pode parar com as outras alternativas.
(*) Jornalista e morador em Santarém (PA)
"Teles Pires-Tapajós Hidrovia Já”. Esse é o lema de uma campanha desenvolvida por entidades empresariais da região Norte do Mato Grosso que pede a imediata viabilização da hidrovia ligando aquele estado ao Pará.
Além disso, o município de Lucas do Rio Verde, um dos maiores produtores de grãos daquela região, aguarda com ansiedade o início das obras da Ferrovia de Integração Centro-oeste {FICO}, a chamada Ferrovia da Soja, que terá o maior terminal ferroviário da América Latina naquela cidade e de onde sairá uma perna em direção a Santarém.
Essas são as principais alternativas que os produtores de grãos do Mato Grosso perseguem hoje em busca de saída para escoar a produção daquele estado que este ano está alcançando em torno de 40 milhões de toneladas de soja, milho, sorgo, milheto, girassol e outros.
Tudo isso porque o tão sonhado asfaltamento da BR-163, a primeira saída para o Norte, previsto para estar pronto até o final do ano que vem, está com 40 anos atrasado.
“Para nós, a BR-163 é um projeto natimorto, que servirá muito mais para ser usado socialmente do que para exportação de grãos”, disse o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, durante reunião preparatória do Seminário de Integração do Corredor BR-163, que será realizado em Santarém nos dias 4 e 5 de julho próximo.
Para ele, mesmo que o asfaltamento seja completado até 2014 como promete o governo, a rodovia não conseguirá atender a demanda de transporte para o escoamento da produção mato-grossense por Santarém e por Miritituba.
Para transportar os produtos agrícolas do Mato Grosso seria necessário um tráfego intenso de quase 600 carretas {bi trens} por dia, num vai-e-vem frenético sobre o leito da rodovia. Entretanto, diversos trechos da estrada que receberam asfalto estão cheios de buracos e em outros , o próprio leito da estrada não suporta o peso das carretas.
Conforme previsões do Sindicato Rural de Sinop, até 2015, a produção do Mato Grosso deve aumentar para 50 milhões de toneladas de grãos, chegando a 100 milhões dentro de 10 anos.
“Então, só haverá concorrência de frete quando houver o modal completo {estrada, hidrovia e ferrovia}”, disse Galvan, acrescentando que a BR-163 é uma dívida social do governo que “ajuda um pouquinho”. Para o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Leonildo Barez, embora a BR-163 chegue deficitária, os produtores do Mato Grosso precisam dela, “pois continuamos imprensados, sem saídas para a exportação”. Ele defende não se pode parar com as outras alternativas.
(*) Jornalista e morador em Santarém (PA)
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