Uma tarde de futebol, protesto e caos em Brasília. MTST e estudantes conseguiram. Seus protestos contra o bilionário Mané Garrincha e a Copa do Mundo ganharam o mundo. Polícia tem certeza: tudo se repetirá em Fortaleza…
Cosme Rímoli (*)
Brasília...
Como em São Paulo, as autoridades daqui não sabem como agir.
Os policiais militares de Brasília estão dando outro vexame.
Oscilam entre a violência, omissão e até receio dos manifestantes.
Os governantes da capital do País foram incompetentes demais.
Tudo o que não queriam está acontecendo.
O clima de medo dominou o ambiente de Brasil e Japão.
Há meses os manifestos estavam sendo arquitetados.
MST e estudantes queriam usar os holofotes da Copa das Confederações.
Sabiam que suas reivindicações chegariam a todo o planeta.
Ontem já havia sido um caos.
Membros do MST queimaram pneus em frente ao estádio.
Mostraram faixas, gritaram, tentaram ficar em frente aos portões.
O desejo era impedir a entrada da Seleção Brasileira, da Japonesa.
Ter toda a atenção da imprensa.
Foram cerca de 800 pessoas ontem.
Cenas de terror, com Tropa de Choque, bombas de efeito moral.
Manifestantes detidos sendo arrastados pelos policiais.
Fumaça preta cobrindo a entrada do estádio.
Vários foram detidos.
Se espalhou o boato que pessoas receberiam R$ 30,00 para protestar.
A cúpula do MST desmentiu e acusou a ação violenta da polícia.
O protesto de ontem teve consequências.
Fez com que policiais bloqueassem quarteirões em volta do estádio.
Torcedores tiveram hoje de andar cerca de dois quilômetros até o Mané Garrincha.
Mesmo com polícia, Batalhão de Choque, Cavalaria, os protestos continuaram.
Cerca de 500 manifestantes.
Muitos com camiseta preta e fantasia.
O motivo era o mesmo do MST.
Os gastos de R$ 1,5 bilhão com o Mané Garrincha.
Além disso se diziam solidários aos paulistas.
Queriam a diminuição do custo dos transportes públicos.
Desta vez, os manifestantes estavam mais pacíficos.
Muitos mostravam flores para os soldados.
Repetiam em coro que brasileiros precisavam de saúde, educação.
E não Copa do Mundo.
Brasília movimentou cerca de dez mil soldados espalhados pela cidade.
A ordem era intimidar.
A imprensa do mundo todo estava acompanhando.
Os confrontos seriam registrados.
E foram.
Bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta.
E até tiros de bala de borracha.
Tudo foi usado para manter os manifestantes longe do estádio.
Os conflitos mais pesados aconteceram entre meio-dia e 14 horas.
Ao mesmo tempo em que os torcedores chegavam para o jogo.
Foi correria para todo lado.
A grande preocupação estava com a chegada das seleções.
Este o grande objetivo dos manifestantes.
Mas eles foram mantidos longe dos brasileiros e dos japoneses.
A força.
Tudo fotografado, filmado.
Mostrado para o mundo, como os estudantes queriam.
E os policiais de Brasília se anteciparam.
E tomaram uma medida obrigatória, de prevenção.
Imploraram para a Seleção Brasileira não voltar ao hotel.
Manifestantes fariam protesto contra o time de Felipão.
Ganhando, empatando ou perdendo a partida.
O importante era denunciar o gasto no Mané Garrincha.
Os mais de R$ 30 bilhões que a Copa vai consumir.
A Seleção mudou sua programação.
Não voltará mais ao hotel.
Irá direto ao aeroporto embarcar para Fortaleza.
O clima entre os policiais é de muita tensão.
Até durante o jogo.
Há um grande medo que aconteça invasões.
A segurança ao redor do gramado do Mané Garrincha foi reforçado.
O futebol tem holofotes do mundo todo.
Os manifestantes não querem desperdiçar a chance.
A Copa das Confederações mal está começando.
Mas há a certeza.
Os protestos não irão parar.
Policiais do Ceará já estão se preparando.
Têm informações que manifestantes irão agir na partida contra o México.
Exatamente como fizeram hoje em Brasília.
Que eles tenham mais competência para lidar com a situação.
Aqui em Brasília o clima mistura terror com despreparo...
(*) Jornalista esportivo que trabalhou 22 anos no Jornal da Tarde. Começou com o blog no UOL, em 2009.
Cosme Rímoli (*)
Brasília...
Como em São Paulo, as autoridades daqui não sabem como agir.
Os policiais militares de Brasília estão dando outro vexame.
Oscilam entre a violência, omissão e até receio dos manifestantes.
Os governantes da capital do País foram incompetentes demais.
Tudo o que não queriam está acontecendo.
O clima de medo dominou o ambiente de Brasil e Japão.
Há meses os manifestos estavam sendo arquitetados.
MST e estudantes queriam usar os holofotes da Copa das Confederações.
Sabiam que suas reivindicações chegariam a todo o planeta.
Ontem já havia sido um caos.
Membros do MST queimaram pneus em frente ao estádio.
Mostraram faixas, gritaram, tentaram ficar em frente aos portões.
O desejo era impedir a entrada da Seleção Brasileira, da Japonesa.
Ter toda a atenção da imprensa.
Foram cerca de 800 pessoas ontem.
Cenas de terror, com Tropa de Choque, bombas de efeito moral.
Manifestantes detidos sendo arrastados pelos policiais.
Fumaça preta cobrindo a entrada do estádio.
Vários foram detidos.
Se espalhou o boato que pessoas receberiam R$ 30,00 para protestar.
A cúpula do MST desmentiu e acusou a ação violenta da polícia.
O protesto de ontem teve consequências.
Fez com que policiais bloqueassem quarteirões em volta do estádio.
Torcedores tiveram hoje de andar cerca de dois quilômetros até o Mané Garrincha.
Mesmo com polícia, Batalhão de Choque, Cavalaria, os protestos continuaram.
Cerca de 500 manifestantes.
Muitos com camiseta preta e fantasia.
O motivo era o mesmo do MST.
Os gastos de R$ 1,5 bilhão com o Mané Garrincha.
Além disso se diziam solidários aos paulistas.
Queriam a diminuição do custo dos transportes públicos.
Desta vez, os manifestantes estavam mais pacíficos.
Muitos mostravam flores para os soldados.
Repetiam em coro que brasileiros precisavam de saúde, educação.
E não Copa do Mundo.
Brasília movimentou cerca de dez mil soldados espalhados pela cidade.
A ordem era intimidar.
A imprensa do mundo todo estava acompanhando.
Os confrontos seriam registrados.
E foram.
Bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta.
E até tiros de bala de borracha.
Tudo foi usado para manter os manifestantes longe do estádio.
Os conflitos mais pesados aconteceram entre meio-dia e 14 horas.
Ao mesmo tempo em que os torcedores chegavam para o jogo.
Foi correria para todo lado.
A grande preocupação estava com a chegada das seleções.
Este o grande objetivo dos manifestantes.
Mas eles foram mantidos longe dos brasileiros e dos japoneses.
A força.
Tudo fotografado, filmado.
Mostrado para o mundo, como os estudantes queriam.
E os policiais de Brasília se anteciparam.
E tomaram uma medida obrigatória, de prevenção.
Imploraram para a Seleção Brasileira não voltar ao hotel.
Manifestantes fariam protesto contra o time de Felipão.
Ganhando, empatando ou perdendo a partida.
O importante era denunciar o gasto no Mané Garrincha.
Os mais de R$ 30 bilhões que a Copa vai consumir.
A Seleção mudou sua programação.
Não voltará mais ao hotel.
Irá direto ao aeroporto embarcar para Fortaleza.
O clima entre os policiais é de muita tensão.
Até durante o jogo.
Há um grande medo que aconteça invasões.
A segurança ao redor do gramado do Mané Garrincha foi reforçado.
O futebol tem holofotes do mundo todo.
Os manifestantes não querem desperdiçar a chance.
A Copa das Confederações mal está começando.
Mas há a certeza.
Os protestos não irão parar.
Policiais do Ceará já estão se preparando.
Têm informações que manifestantes irão agir na partida contra o México.
Exatamente como fizeram hoje em Brasília.
Que eles tenham mais competência para lidar com a situação.
Aqui em Brasília o clima mistura terror com despreparo...
(*) Jornalista esportivo que trabalhou 22 anos no Jornal da Tarde. Começou com o blog no UOL, em 2009.
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