Mais da metade dos alunos do 3º ano não sabe o adequado
Estadão
Mais da metade das crianças brasileiras do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas não aprendeu os conteúdos esperados para esse nível de ensino. Uma em cada 3 crianças não sabe o adequado em matemática para o 3º ano, 55,5% leem mal e 69,9% têm desempenho abaixo do esperado na escrita. Se estiverem na série adequada, esses alunos têm 8 anos.
Os dados são da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) e foram divulgados nesta terça-feira, dia 25, pela ONG Todos Pela Educação. Também participam dessa prova a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Se considerar apenas as escolas públicas, a situação é pior. Em matemática, 70,8% dos alunos não sabem o adequado para a série. Em leitura, esse porcentual é de 60,3% e em escrita, de 74,1%.
Segundo os coordenadores da avaliação, os resultados mostram que as crianças escrevem pior do que leem e indicam certo abandono do ensino de matemática. Segundo a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, a Prova ABC adota como modelo de adequação a autonomia do aluno. “Nosso entendimento de alfabetização vai além de aprender a ler. Precisamos que as crianças tenham condições necessárias para ler para aprender”, diz ela.
Priscila lembra que os resultados desses primeiros anos revelam o “berço da desigualdade educacional”. “Sem resolvermos esse problema não conseguiremos alcançar as outras metas de educação.” A ONG estipulou como meta que toda criança de até 8 anos esteja plenamente alfabetizada até 2022.
Os resultados mostram um abismo entre regiões e Estados. Enquanto a Região Sudeste tem 57% dos alunos de 3º ano sem o aprendizado considerado adequado em matemática, o melhor resultado, o Nordeste aparece na outra ponta, com 86,4%.
Considerando os Estados, a distância é ainda maior. Santa Catarina tem o melhor resultado, com 53,5% dos alunos sem o conhecimento adequado em matemática, por exemplo. Já o pior Estado é Alagoas, com 92,1% com aprendizado fora das expectativas. Alagoas também é o pior em leitura e escrita.
Foi considerado na Prova ABC como desempenho adequado em matemática e leitura a nota mínima de 175 na escala no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), elaborado pelo Ministério da Educação. Em Leitura, os alunos conseguem, entre outras habilidades, identificar temas de uma narrativa e perceber relações de causa.
Em matemática, o nível permite distinguir quem os alunos têm, por exemplo, domínio da adição e subtração e conseguem resolver problemas envolvendo notas e moedas. Na redação, a avaliação adotou uma escala que vai de 0 a 100 e o desempenho esperado era de pelo menos 75. A nota representa bom desempenho na adequação ao tema, gênero, coesão e coerência, além de boa grafia, normas gramaticais e pontuação.
A avaliação foi aplicada em áreas urbanas das capitais e também de cidades do interior, em escolas públicas (estaduais e municipais) e privadas. Aplicada no final de 2012, foram avaliados 54 mil alunos de 1,2 mil escolas distribuídas em 600 municípios brasileiros. Esses resultados não são comparáveis com os edição anterior, pois as prova foi realizada em momentos diferentes da trajetória dos alunos.
Esta será a última edição, uma vez que o Ministério da Educação já anunciou um instrumento próprio de avaliação do desempenho dos alunos, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) a ser aplicada ainda neste ano pelo Inep. A prova já estava prevista nos termos do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), lançado em dezembro de 2012.
Estadão
Mais da metade das crianças brasileiras do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas não aprendeu os conteúdos esperados para esse nível de ensino. Uma em cada 3 crianças não sabe o adequado em matemática para o 3º ano, 55,5% leem mal e 69,9% têm desempenho abaixo do esperado na escrita. Se estiverem na série adequada, esses alunos têm 8 anos.
Os dados são da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) e foram divulgados nesta terça-feira, dia 25, pela ONG Todos Pela Educação. Também participam dessa prova a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Se considerar apenas as escolas públicas, a situação é pior. Em matemática, 70,8% dos alunos não sabem o adequado para a série. Em leitura, esse porcentual é de 60,3% e em escrita, de 74,1%.
Segundo os coordenadores da avaliação, os resultados mostram que as crianças escrevem pior do que leem e indicam certo abandono do ensino de matemática. Segundo a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, a Prova ABC adota como modelo de adequação a autonomia do aluno. “Nosso entendimento de alfabetização vai além de aprender a ler. Precisamos que as crianças tenham condições necessárias para ler para aprender”, diz ela.
Priscila lembra que os resultados desses primeiros anos revelam o “berço da desigualdade educacional”. “Sem resolvermos esse problema não conseguiremos alcançar as outras metas de educação.” A ONG estipulou como meta que toda criança de até 8 anos esteja plenamente alfabetizada até 2022.
Os resultados mostram um abismo entre regiões e Estados. Enquanto a Região Sudeste tem 57% dos alunos de 3º ano sem o aprendizado considerado adequado em matemática, o melhor resultado, o Nordeste aparece na outra ponta, com 86,4%.
Considerando os Estados, a distância é ainda maior. Santa Catarina tem o melhor resultado, com 53,5% dos alunos sem o conhecimento adequado em matemática, por exemplo. Já o pior Estado é Alagoas, com 92,1% com aprendizado fora das expectativas. Alagoas também é o pior em leitura e escrita.
Foi considerado na Prova ABC como desempenho adequado em matemática e leitura a nota mínima de 175 na escala no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), elaborado pelo Ministério da Educação. Em Leitura, os alunos conseguem, entre outras habilidades, identificar temas de uma narrativa e perceber relações de causa.
Em matemática, o nível permite distinguir quem os alunos têm, por exemplo, domínio da adição e subtração e conseguem resolver problemas envolvendo notas e moedas. Na redação, a avaliação adotou uma escala que vai de 0 a 100 e o desempenho esperado era de pelo menos 75. A nota representa bom desempenho na adequação ao tema, gênero, coesão e coerência, além de boa grafia, normas gramaticais e pontuação.
A avaliação foi aplicada em áreas urbanas das capitais e também de cidades do interior, em escolas públicas (estaduais e municipais) e privadas. Aplicada no final de 2012, foram avaliados 54 mil alunos de 1,2 mil escolas distribuídas em 600 municípios brasileiros. Esses resultados não são comparáveis com os edição anterior, pois as prova foi realizada em momentos diferentes da trajetória dos alunos.
Esta será a última edição, uma vez que o Ministério da Educação já anunciou um instrumento próprio de avaliação do desempenho dos alunos, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) a ser aplicada ainda neste ano pelo Inep. A prova já estava prevista nos termos do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), lançado em dezembro de 2012.
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