Pirarucu da Amazônia tem chip implantado para evitar pesca predatória
UOL
Chips estão sendo usados para identificar pirarucus na Amazônia. O equipamento eletrônico é implantado nos peixes usados para gerar filhotes em cativeiro, evitando que exemplares sejam retirados indevidamente da natureza.
O chip começou a ser utilizado nos peixes reprodutores em 2009, por um programa implantado na região para a criação em cativeiro, o Projeto Pirarucu da Amazônia. Desde 2011, no entanto, o chip passou a ser uma exigência do Ibama e do Ministério da Pesca e Aquicultura.
A criadora Simone Yokoyama afirma que a identificação também é importante para controlar melhor os cruzamentos. Como os pirarucus só se reproduzem com os pares que escolhem, é importante que não sejam colocados em tanques separados, diz.
O chip custa R$ 12 e deve ser implantado em todo pirarucu usado para a produção de filhotes, assim que atinge a fase adulta, afirma João Machado, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que coordena o Projeto Pirarucu.
Em Rondônia, que concentra a maioria das criações da espécie, cerca de 500 animais reprodutores têm o chip implantado, de acordo com o Sebrae.
Com o chip, o peixe ganha um número de identificação com dados da fazenda a que pertence. Um equipamento que lembra um leitor de código de barras pode ser usado pelos fiscais para encontrar o número dos peixes e verificar se estão com o registro em dia.
De acordo com a produtora Simone Yokoyama, da Piscicultura Boa Esperança, de Pimenta Bueno (RO), cada nota fiscal emitida com a venda de filhotes de peixes para a engorda leva também o número de identificação de seus pais.
"Se o Ibama quiser verificar a origem dos alevinos [os filhotes de peixe], pode conseguir na nota de venda o número dos pais, ir até a propriedade onde estão registrados, para ver se realmente existem e se estão regularizados", diz Machado, do Sebrae.
O chip também é usado pelo Projeto Pirarucu da Amazônia para identificar os casais que dão origem ao maior número de filhotes e aos animais mais saudáveis e selecioná-los para o melhoramento genético.
Produção em 2014 deve ser de 1,5 mil quilos de pirarucu
A carne do peixe, que chega a atingir 2 metros e 250 kg, está entre as mais valorizadas da Amazônia. Os produtores recebem cerca de R$ 8,50 pelo quilo do animal, que é vendido ao atingir 13 kg.
O consumidor final paga cerca de R$ 20 pelo quilo do peixe na região amazônica.
Em São Paulo, a faixa é de R$ 36 o quilo.
De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio ao Empresário), a estimativa é que 1,5 mil toneladas do peixe sejam levadas ao mercado em 2014. A produção de 2013 foi de apenas 400 toneladas.
De acordo com Maria Fernanda Nince, secretária nacional de Ordenamento e Planejamento da Aquicultura, atualmente há 233 unidades produtivas no Brasil.
O Norte concentra 66% dos produtores, enquanto que o Centro-Oeste concentra 15%; o Sudeste tem 12%; o Nordeste, 11%; e o Sul 2%.
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Chips estão sendo usados para identificar pirarucus na Amazônia. O equipamento eletrônico é implantado nos peixes usados para gerar filhotes em cativeiro, evitando que exemplares sejam retirados indevidamente da natureza.
O chip começou a ser utilizado nos peixes reprodutores em 2009, por um programa implantado na região para a criação em cativeiro, o Projeto Pirarucu da Amazônia. Desde 2011, no entanto, o chip passou a ser uma exigência do Ibama e do Ministério da Pesca e Aquicultura.
A criadora Simone Yokoyama afirma que a identificação também é importante para controlar melhor os cruzamentos. Como os pirarucus só se reproduzem com os pares que escolhem, é importante que não sejam colocados em tanques separados, diz.
O chip custa R$ 12 e deve ser implantado em todo pirarucu usado para a produção de filhotes, assim que atinge a fase adulta, afirma João Machado, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que coordena o Projeto Pirarucu.
Em Rondônia, que concentra a maioria das criações da espécie, cerca de 500 animais reprodutores têm o chip implantado, de acordo com o Sebrae.
Com o chip, o peixe ganha um número de identificação com dados da fazenda a que pertence. Um equipamento que lembra um leitor de código de barras pode ser usado pelos fiscais para encontrar o número dos peixes e verificar se estão com o registro em dia.
De acordo com a produtora Simone Yokoyama, da Piscicultura Boa Esperança, de Pimenta Bueno (RO), cada nota fiscal emitida com a venda de filhotes de peixes para a engorda leva também o número de identificação de seus pais.
"Se o Ibama quiser verificar a origem dos alevinos [os filhotes de peixe], pode conseguir na nota de venda o número dos pais, ir até a propriedade onde estão registrados, para ver se realmente existem e se estão regularizados", diz Machado, do Sebrae.
O chip também é usado pelo Projeto Pirarucu da Amazônia para identificar os casais que dão origem ao maior número de filhotes e aos animais mais saudáveis e selecioná-los para o melhoramento genético.
Produção em 2014 deve ser de 1,5 mil quilos de pirarucu
A carne do peixe, que chega a atingir 2 metros e 250 kg, está entre as mais valorizadas da Amazônia. Os produtores recebem cerca de R$ 8,50 pelo quilo do animal, que é vendido ao atingir 13 kg.
O consumidor final paga cerca de R$ 20 pelo quilo do peixe na região amazônica.
Em São Paulo, a faixa é de R$ 36 o quilo.
De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio ao Empresário), a estimativa é que 1,5 mil toneladas do peixe sejam levadas ao mercado em 2014. A produção de 2013 foi de apenas 400 toneladas.
De acordo com Maria Fernanda Nince, secretária nacional de Ordenamento e Planejamento da Aquicultura, atualmente há 233 unidades produtivas no Brasil.
O Norte concentra 66% dos produtores, enquanto que o Centro-Oeste concentra 15%; o Sudeste tem 12%; o Nordeste, 11%; e o Sul 2%.
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