quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O dia nosso de cada dia

Bellini Tavares de Lima Neto (*) 

Nunca vou me esquecer da minha primeira vez. 
Navegando na internet, convém esclarecer. 
Eu estava participando de um seminário promovido por uma grande empresa de informática que tinha o propósito de ensinar executivos e gerentes da empresa a operar um computador. Não conheço nada mais improdutivo que isso. 
Quem é usuário de computador sabe perfeitamente que não adianta absolutamente nada encher a criatura de informações que, minutos depois, já estarão esquecidas. E, de um ponto para frente, nem mesmo o que o instrutor está falando estará sendo ouvido. Computador se aprende a usar usando. Perdendo informações, dando voltas, fazendo bobagem e mantendo sempre um martelo ou marreta ao lado para intimidar a fera.

Foi justamente em um momento em que eu já estava voando completamente dentro da sala, que o responsável pela área de informática me chamou a uma outra sala e me apresentou a internet. Sentei diante do equipamento e comecei a seguir suas instruções.
E começou a navegação. 

Procura uma coisa aqui, uma curiosidade ali, um fato antigo, uma definição. 
Em dado momento, o moço me perguntou: “sabe há quanto tempo você já está sentado aí?“ E, diante da minha negativa, ele me informou: “45 minutos”. Eu já estava navegando por todo aquele tempo e não tinha me dado conta. É fascinante, não? 

Agora pouco eu estava por aqui vasculhando o universo. 
De uma coisa se vai à outra e outra e outra, até que me deparei com algo que não via ou visitava há um bom tempo: o meu BLOG. 

Pois é, alguns poucos anos atrás, eu resolvi criar um “blog” no qual pudesse publicar opiniões, curiosidades, informações gerais. 
Acabei não fazendo exatamente isso. Em lugar disso, me limitei a publicar crônicas que fui escrevendo sem muito critério, ordem ou coisa que o valha. 
O blog foi batizado de “O DIA NOSSO DE CADA DIA” já que o foco principal sempre foi o cotidiano, situações que se encontra pelas ruas ou que se tenha vivido antes, coisas que comportem uma descrição, uma narrativa, um “causo”. 
Alimentei o dito por uns 3 anos, talvez e depois acabei parando. 
Preguiça é mortal. 

Hoje, enquanto vascodagameava a internet, acabei topando com o meu próprio “blog”. Sensação curiosa, essa. 
Parece um encontro comigo mesmo, só que uns poucos anos menos velho. 
Então, resolvi contar aos meus amigos aqui do “facebook” a respeito dessa minha presepada. 

O nome é “O DIA NOSSO DE CADA DIA”. Se alguém se interessar, vai me dar muita honra. 

(*) Advogado, corintiano, avô e morador em São Bernardo (SP)

Um comentário:

  1. Visitei esse Blog muitas vezes. Um livro, com as crônicas ali postadas, do dia a dia, seria um homenagem altamente apropriada para enaltecer essa criação do Bellini. (Gentil Gimenez)

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