"É tudo por causa da Copa", relata usuária removida da cracolândia
Folha de São Paulo
"O primeiro dia no hotel: cheguei lá, fizeram o meu cadastro, no quarto 17...
Arrumei as minhas coisas...É legal. /
Na minha opinião isso tudo só tá acontecendo por causa da Copa...O prefeito quer esconder a realidade e ocultar os fatos."
Os parágrafos acima são de Valéria Viana, 21, que morava na "favelinha" com seu companheiro. Trata-se do relato sobre sua primeira noite no hotel, feito à pedido da Folha.
Ela deixou o barraco anteontem. Disse que o companheiro havia comprado o espaço por R$ 30, o mesmo valor que gastava com cada diária nos hotéis na região, onde viviam.
Usuária de crack desde os 11 anos, Valéria diz ser apaixonada por leitura e por revistas de palavra-cruzada.
"Consigo ficar três dias sem usar pedra só lendo ou escrevendo", afirmou.
Ela é mãe de duas crianças. O mais novo deles, de um ano, nasceu na prisão, onde ela estava "pelo 157"– referência ao artigo do Código Penal que trata de assalto.
Disse que pretende trabalhar, mas que não acredita no sucesso do programa da prefeitura.
Folha de São Paulo
"O primeiro dia no hotel: cheguei lá, fizeram o meu cadastro, no quarto 17...
Arrumei as minhas coisas...É legal. /
Na minha opinião isso tudo só tá acontecendo por causa da Copa...O prefeito quer esconder a realidade e ocultar os fatos."
Os parágrafos acima são de Valéria Viana, 21, que morava na "favelinha" com seu companheiro. Trata-se do relato sobre sua primeira noite no hotel, feito à pedido da Folha.
Ela deixou o barraco anteontem. Disse que o companheiro havia comprado o espaço por R$ 30, o mesmo valor que gastava com cada diária nos hotéis na região, onde viviam.
Usuária de crack desde os 11 anos, Valéria diz ser apaixonada por leitura e por revistas de palavra-cruzada.
"Consigo ficar três dias sem usar pedra só lendo ou escrevendo", afirmou.
Ela é mãe de duas crianças. O mais novo deles, de um ano, nasceu na prisão, onde ela estava "pelo 157"– referência ao artigo do Código Penal que trata de assalto.
Disse que pretende trabalhar, mas que não acredita no sucesso do programa da prefeitura.
E por causa das eleições também. Essas pessoas precisam de dignidade, sem qualquer dúvida. Mas precisam, principalmente, de tratamento adequado. Sem tratamento, pode parecer, realmente, apenas uma atitude para a mídia. (Gentil Gimenez)
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