Maria Alcilene, siga em paz ...

Encarar a Morte 

Agostinho da Silva, Filósofo/Poeta/Ensaísta 

É talvez sinal de prisão ao mundo dos fenômenos o terror e a dor ante a chegada da morte ou a serena mas entristecida resignação com que a fizeram os gregos uma doce irmã do sono; para o espírito liberto ela deve ser, como o som e a cor, falsa, exterior e passageira; não morre, para si próprio nem para nós, o que viveu para a ideia e pela ideia, não é mais existente, para o que se soube desprender da ilusão, o que lhe fere os ouvidos e os olhos do que o puro entender que apenas se lhe apresenta em pensamento; e tanto mais alto subiremos quando menos considerarmos a morte como um enigma ou um fantasma, quanto mais a olharmos como uma forma entre as formas. 

Talvez apenas possa expressar dessa forma pela sua partida querida Lene. 
Você tão nova, tão cheia de vida, tão cheia de planos .... e de repente, a doença, o sofrimento, a dor e a partida eterna. 
Porque nos deixaste .. porque fostes embora ...e tantas perguntas nos rondam a instigar a mente 
O coração aperta numa dor infinita onde mistura saudades, compreensão, e lembranças. Lembranças que nunca se apagarão de um alguém especial . 
De alguém que até o fim lutou pela vida mas a dor a fez sucumbir e se entregar à vontade do Pai. 
Leeeeneeeeee ... assim sempre a chamei ... sempre busquei através disso encontrar seu sorriso e sua atenção. 
Não há como não chorar .. 
Não há como sentir por demais sua falta .. não há como não ter saudades . 
Siga em paz ... 
Sua missão foi curta mas bem vivida dentro dos planos de Deus . 
Até um dia ... até breve .