A segunda geração de dependentes do Bolsa Família é uma prova contundente do fracasso do programa
Reynaldo Rocha (*)
O Bolsa Família completa em 2013 dez anos de existência nos moldes em que foi criado. Ao longo desse tempo, foi vendido como o programa de inserção social mais exitoso do mundo. O degrau para a ascensão social de classes menos assistidas. A grande obra que permitiu retirar da miséria milhões de brasileiros.
Os que ousaram criticar a falta de uma “porta de saída” eram rotulados de insensíveis ou defensores da desigualdade social ou coisas muito piores. Como sempre, demonizavam quem se dava ao trabalho de raciocinar. Não entenderam sequer que os opositores tucanos não poderiam ser contra o programa. Afinal, foi invenção deles. Criação de Ruth Cardoso. Em outro modelo.
Há sempre uma componente que o PT não consegue falsificar nem controlar: o tempo. Que, por vezes, é mais lento do que gostaríamos. Mas é implacável. /;/;/;/ O Bolsa Família já tem a segunda geração de dependentes! Netos de mulheres atendidas são hoje a condição para que filhas passem a receber o benefício.
São famílias dependentes. Avó, mãe e netos. Uma cadeia de horror, uma prova irrefutável da falência das políticas sociais do lulopetismo. A miséria preservada.
Foram dez anos (e haverá mais dois!) de nenhuma alteração no quadro social do Brasil. Mesmo para os dependentes dos auxílios federais.
Qual o nome que pode ser dado a isto, senão fracasso?
Lula e Dilma criaram uma classe média de fantasia. De cenário de filme, onde só existem as paredes dos sets de filmagem. Alavancada por um crédito fácil. Que se acabou. Ou pelo imenso endividamento de quem acreditou no paraíso petista ou pelo juro excessivo embutido em suaves prestações. Um novo “milagre brasileiro”. Que, como os outros, não levou ao céu. O inferno era previsível. O outro nome dele é inflação.
A imensa massa de dependentes (financeiros e eleitorais) criada pelo PT com o Bolsa Família é humilhante para o país. Não há porta de saída! Não há incentivo para que se abandone este auxílio que um dia Luiz Gonzaga chamou de esmola: “Mas doutô, uma esmola a um homem qui é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” O que seria um suporte para um futuro é hoje o bilhete de permanência no passado.
Não fazíamos criticas. Gritávamos alertas! E apoiamos o amparo aos menos assistidos, pobres e miseráveis. E pedíamos um passo além! O resgate da dignidade. A ajuda que não seria nunca, permanente, mas temporária. E sabíamos que este auxílio era um fim em si mesmo. Para aumentar um imenso curral de miseráveis manobrados por quem descobriu na miséria um dos eixos (o outro é a corrupção) do projeto de poder aloprado e criminoso. Mas sempre maléfico ao Brasil. E ao ser humano.
O resultado aí está. Não é opinião. São fatos.
O que dizer de um regime que por 10 anos deteve mais poder que qualquer outro (nem mesmo a ditadura militar chegou a tanto, pois lhe faltava apoio de civis engajados na loucura) e se sustenta na permanência da miséria como combustível eleitoral?
Que não teve a mínima competência para criar uma ponte e preferiu construir um muro? Com gente dentro…
Vejam este trecho de reportagem do Globo: “Grávida de seis meses, Danielle estuda à noite, no 1º ano do ensino médio, e diz que só espera a criança nascer para solicitar o benefício. – Ela está fazendo a família dela e vai ter o próprio Bolsa Família, diz a mãe”.
Não é só uma jovem que fez da maternidade o acesso ao que “vicia o cidadão”.
São 50 milhões de brasileiros beneficiados.
Sem porta de saída. Sem saber de onde vem o dinheiro. Sem ter a noção que a dignidade está na educação e na efetiva inclusão social.
Jamais houve um náufrago que, sobrevivendo num bote de emergência, quisesse nele permanecer.O PT criou a profissão em que não se trabalha mas se tem a paga pelo que não se fez.
Já não são só os miseráveis que se beneficiam. São brasileiros (famílias na segunda geração) que preferem receber sem produzir. São incentivadas pelo governo do PT, que prefere miseráveis dependentes a cidadãos informados e produtivos, na totalidade.
Não estou criticando quem necessita do Bolsa Família. Nem do próprio programa de amparo. Mas ACUSO o governo do PT de instrumentalizar a miséria, perder 10 anos de nossa história, usar miseráveis como combustível desta máquina de compadrios e corrupção, ignorar a educação (que nunca valorizou) como a ÚNICA porta de saída do programa assistencialista e deturpar o sentido da palavra DIGNIDADE.
Nada deu errado. Esse era o plano. Deu certo. /;/;/;/ Para eles, uma massa eleitoral sob controle. Para nós um passo da manutenção do projeto de poder que nos envergonha!
Em 10 anos, perdemos 10 anos.
(*) Jornalista
Reynaldo Rocha (*)
O Bolsa Família completa em 2013 dez anos de existência nos moldes em que foi criado. Ao longo desse tempo, foi vendido como o programa de inserção social mais exitoso do mundo. O degrau para a ascensão social de classes menos assistidas. A grande obra que permitiu retirar da miséria milhões de brasileiros.
Os que ousaram criticar a falta de uma “porta de saída” eram rotulados de insensíveis ou defensores da desigualdade social ou coisas muito piores. Como sempre, demonizavam quem se dava ao trabalho de raciocinar. Não entenderam sequer que os opositores tucanos não poderiam ser contra o programa. Afinal, foi invenção deles. Criação de Ruth Cardoso. Em outro modelo.
Há sempre uma componente que o PT não consegue falsificar nem controlar: o tempo. Que, por vezes, é mais lento do que gostaríamos. Mas é implacável. /;/;/;/ O Bolsa Família já tem a segunda geração de dependentes! Netos de mulheres atendidas são hoje a condição para que filhas passem a receber o benefício.
São famílias dependentes. Avó, mãe e netos. Uma cadeia de horror, uma prova irrefutável da falência das políticas sociais do lulopetismo. A miséria preservada.
Foram dez anos (e haverá mais dois!) de nenhuma alteração no quadro social do Brasil. Mesmo para os dependentes dos auxílios federais.
Qual o nome que pode ser dado a isto, senão fracasso?
Lula e Dilma criaram uma classe média de fantasia. De cenário de filme, onde só existem as paredes dos sets de filmagem. Alavancada por um crédito fácil. Que se acabou. Ou pelo imenso endividamento de quem acreditou no paraíso petista ou pelo juro excessivo embutido em suaves prestações. Um novo “milagre brasileiro”. Que, como os outros, não levou ao céu. O inferno era previsível. O outro nome dele é inflação.
A imensa massa de dependentes (financeiros e eleitorais) criada pelo PT com o Bolsa Família é humilhante para o país. Não há porta de saída! Não há incentivo para que se abandone este auxílio que um dia Luiz Gonzaga chamou de esmola: “Mas doutô, uma esmola a um homem qui é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” O que seria um suporte para um futuro é hoje o bilhete de permanência no passado.
Não fazíamos criticas. Gritávamos alertas! E apoiamos o amparo aos menos assistidos, pobres e miseráveis. E pedíamos um passo além! O resgate da dignidade. A ajuda que não seria nunca, permanente, mas temporária. E sabíamos que este auxílio era um fim em si mesmo. Para aumentar um imenso curral de miseráveis manobrados por quem descobriu na miséria um dos eixos (o outro é a corrupção) do projeto de poder aloprado e criminoso. Mas sempre maléfico ao Brasil. E ao ser humano.
O resultado aí está. Não é opinião. São fatos.
O que dizer de um regime que por 10 anos deteve mais poder que qualquer outro (nem mesmo a ditadura militar chegou a tanto, pois lhe faltava apoio de civis engajados na loucura) e se sustenta na permanência da miséria como combustível eleitoral?
Que não teve a mínima competência para criar uma ponte e preferiu construir um muro? Com gente dentro…
Vejam este trecho de reportagem do Globo: “Grávida de seis meses, Danielle estuda à noite, no 1º ano do ensino médio, e diz que só espera a criança nascer para solicitar o benefício. – Ela está fazendo a família dela e vai ter o próprio Bolsa Família, diz a mãe”.
Não é só uma jovem que fez da maternidade o acesso ao que “vicia o cidadão”.
São 50 milhões de brasileiros beneficiados.
Sem porta de saída. Sem saber de onde vem o dinheiro. Sem ter a noção que a dignidade está na educação e na efetiva inclusão social.
Jamais houve um náufrago que, sobrevivendo num bote de emergência, quisesse nele permanecer.O PT criou a profissão em que não se trabalha mas se tem a paga pelo que não se fez.
Já não são só os miseráveis que se beneficiam. São brasileiros (famílias na segunda geração) que preferem receber sem produzir. São incentivadas pelo governo do PT, que prefere miseráveis dependentes a cidadãos informados e produtivos, na totalidade.
Não estou criticando quem necessita do Bolsa Família. Nem do próprio programa de amparo. Mas ACUSO o governo do PT de instrumentalizar a miséria, perder 10 anos de nossa história, usar miseráveis como combustível desta máquina de compadrios e corrupção, ignorar a educação (que nunca valorizou) como a ÚNICA porta de saída do programa assistencialista e deturpar o sentido da palavra DIGNIDADE.
Nada deu errado. Esse era o plano. Deu certo. /;/;/;/ Para eles, uma massa eleitoral sob controle. Para nós um passo da manutenção do projeto de poder que nos envergonha!
Em 10 anos, perdemos 10 anos.
(*) Jornalista
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