Itaú anuncia compra da Credicard por R$ 2,767 bilhões
Folha de São Paulo
O Itaú Unibanco formalizou hoje a compra da Credicard, mais antiga e conhecida emissora de cartões do país, conforme a Folha adiantou na semana passada.
O negócio, que envolve 96 lojas Citi Credicard, foi fechado por R$ 2,767 bilhões. O pagamento será em dinheiro, mas só após a aprovação dos órgãos reguladores.
A transação inclui o uso da marca Credicard, cerca de 4,8 milhões de clientes, e uma carteira de financiamentos de R$ 8 bilhões.
O negócio não inclui os cartões American Airlines, Credicard Platinum e os cartões com as marcas Citi e Diners, que seguem com o Citibank. Também não fazem parte da operação os cartões corporate.
Segundo o Itaú, nada muda para os clientes da Credicard. "Os clientes da Credicard continuarão a usufruir da mesma eficiência e qualidade no atendimento, não havendo qualquer alteração prevista nos contratos em vigor", informou o Itaú, em nota.
O banco afirma ainda que, até que a operação seja aprovada pelos reguladores, nada muda para funcionários, clientes e pontos de venda da Credicard. A empresa tem cerca de 1.200 funcionários.
Aos funcionários, que foram comunicados às 19h em e-mail assinado pelo presidente Helio Lima Magalhães, o Citi afirmou que o processo de migração demorará "meses" e que nada muda por enquanto. "O processo de migração acontecerá ao longo dos proximos meses, de forma planejada, e qualquer novidade será comunicada a vcs. Um time de migração foi montado especialmente para conduzir esse processo. É importante deixar claro que, neste momento, nada muda para os clientes", afirmou, no e-mail.
CONCORRÊNCIA
Entre os interessados, o Itaú fez a melhor proposta financeira pela Credicard, empresa em que tinha participação até 2006. A oferta do Itaú acabou tirando da disputa os rivais Bradesco e Santander, que também apresentaram suas propostas.
O Banco do Brasil e o BTG Pactual/PanAmericano também se credenciaram para ter acesso a informações estratégicas da empresa, mas desistiram do negócio sem fazer oferta.
O Itaú já era o maior emissor de cartões de crédito e débito do país, com cerca de 30% do mercado, e não queria perder a posição para o Bradesco, que tem 20%.
O Santander era o banco que mais ganharia com a aquisição, porque tem só 7% desse mercado. O banco espanhol já havia sido a primeira instituição financeira a entrar diretamente no negócio de credenciamento de estabelecimentos para pagamento com cartão (conhecido como adquirência), em que atuam Cielo e Redecard.
OPORTUNIDADE
Com 10% do mercado e 4,8 milhões de cartões, a Credicard foi colocada à venda pelo Citibank no início do ano, que decidiu restringir sua atuação no Brasil aos clientes de alta renda.
Sócio do Citi na Credicard até 2006, o Itaú tinha o direito de uso da marca até 2009 e conhece bem os clientes e as sinergias que podem ser alcançadas.
No ano passado, o Itaú fez uma oferta aos acionistas minoritários para fechar o capital da Redecard, empresa de credenciamento de estabelecimentos que nasceu junto com a Credicard nos anos 90. Entre os parceiros estavam Citibank e Unibanco.
Folha de São Paulo
O Itaú Unibanco formalizou hoje a compra da Credicard, mais antiga e conhecida emissora de cartões do país, conforme a Folha adiantou na semana passada.
O negócio, que envolve 96 lojas Citi Credicard, foi fechado por R$ 2,767 bilhões. O pagamento será em dinheiro, mas só após a aprovação dos órgãos reguladores.
A transação inclui o uso da marca Credicard, cerca de 4,8 milhões de clientes, e uma carteira de financiamentos de R$ 8 bilhões.
O negócio não inclui os cartões American Airlines, Credicard Platinum e os cartões com as marcas Citi e Diners, que seguem com o Citibank. Também não fazem parte da operação os cartões corporate.
Segundo o Itaú, nada muda para os clientes da Credicard. "Os clientes da Credicard continuarão a usufruir da mesma eficiência e qualidade no atendimento, não havendo qualquer alteração prevista nos contratos em vigor", informou o Itaú, em nota.
O banco afirma ainda que, até que a operação seja aprovada pelos reguladores, nada muda para funcionários, clientes e pontos de venda da Credicard. A empresa tem cerca de 1.200 funcionários.
Aos funcionários, que foram comunicados às 19h em e-mail assinado pelo presidente Helio Lima Magalhães, o Citi afirmou que o processo de migração demorará "meses" e que nada muda por enquanto. "O processo de migração acontecerá ao longo dos proximos meses, de forma planejada, e qualquer novidade será comunicada a vcs. Um time de migração foi montado especialmente para conduzir esse processo. É importante deixar claro que, neste momento, nada muda para os clientes", afirmou, no e-mail.
CONCORRÊNCIA
Entre os interessados, o Itaú fez a melhor proposta financeira pela Credicard, empresa em que tinha participação até 2006. A oferta do Itaú acabou tirando da disputa os rivais Bradesco e Santander, que também apresentaram suas propostas.
O Banco do Brasil e o BTG Pactual/PanAmericano também se credenciaram para ter acesso a informações estratégicas da empresa, mas desistiram do negócio sem fazer oferta.
O Itaú já era o maior emissor de cartões de crédito e débito do país, com cerca de 30% do mercado, e não queria perder a posição para o Bradesco, que tem 20%.
O Santander era o banco que mais ganharia com a aquisição, porque tem só 7% desse mercado. O banco espanhol já havia sido a primeira instituição financeira a entrar diretamente no negócio de credenciamento de estabelecimentos para pagamento com cartão (conhecido como adquirência), em que atuam Cielo e Redecard.
OPORTUNIDADE
Com 10% do mercado e 4,8 milhões de cartões, a Credicard foi colocada à venda pelo Citibank no início do ano, que decidiu restringir sua atuação no Brasil aos clientes de alta renda.
Sócio do Citi na Credicard até 2006, o Itaú tinha o direito de uso da marca até 2009 e conhece bem os clientes e as sinergias que podem ser alcançadas.
No ano passado, o Itaú fez uma oferta aos acionistas minoritários para fechar o capital da Redecard, empresa de credenciamento de estabelecimentos que nasceu junto com a Credicard nos anos 90. Entre os parceiros estavam Citibank e Unibanco.
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