Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Aileda de Mattos Oliveira (*)
O destino, comparsa de primeira linha, escancarou-lhe as portas da indecorosa política dos conchavos. Pôs-lhe o poder nas mãos; entregou-lhe a chave do cofre para aliciamento dos que agem na sorrateira sombra, tão a gosto da senhora. Fez-lhe presente de uma caneta viciada em medidas provisórias, mas, apesar de favorecê-la com tantas vantagens, sensatamente recusou-se em lhe conceder a autoridade do cargo; em dotá-la de inteligência; em fazê-la íntima das palavras, em outorgar-lhe o dom do raciocínio. Isso também seria privilégio demais, parcialidade excessiva, tal como ocorre na Comissão Unilateral da Verdade.
Ciente de sua falta de escrúpulos com o dinheiro público, esse destino, seu aliado, levou-a a hospedar-se nos hotéis mais caros das cidades por onde vagueia em turismo oficial. Pôs um caminhão-baú à disposição, para resguardar os caros presentes, mimos que concedeu a si mesma. Um verdadeiro consumo de luxo!
Proveu-lhe essas facilidades esse amigo destino, por saber que a fanática esquerdista, no íntimo, permanece uma provinciana deslumbrada com o primeiro mundo, tal uma “burguesa alienada”, como em outros tempos, era desdenhada pela senhora e seus parceiros a mulher de classe média, que virava as costas à ladainha vermelha. Época de vacas magras, quando ainda não se hospedava em suítes presidenciais de muitos reais, mas se amontoava em ‘células’ ou ‘aparelhos’. Lembra-se? Uma conquista de canguru, já que o salto do antes para o depois foi espetacular.
Destemida, outrora, pôs as mãos no recheio de um cofre conquistado à força com seus companheiros de luta armada. Agora, que tem o dinheiro do contribuinte à disposição, está com medo de quê, senhora? Quem tem setenta e cinco por cento de aprovação, apesar de as consultas nunca terem chegado a mim, nem aos amigos e conhecidos, não pode ter medo de triviais solenidades do calendário militar. Ou pode?
Por que temer rotineiras comemorações militares, senhora? Solenidades sempre as mesmas: calcanhares batendo, continências fazendo, bandeira hasteando, banda tocando, hino cantando, nomes das vítimas que seu bando abateu, relembrando, tudo bobagem, tudo pura vibração de militar. Medo de quê, senhora?
Medo de que o ”ritual da solene repetição” possa transformar nostalgia em ação e dar o que fazer, não é verdade? Lembrar as datas em que a senhora e os seus quixotes foram derrotados, realmente não é coisa que se faça a uma gabaritada chefe de estado. Chefe de estado! Que sina a do Brasil!
Segundo Mircea Eliade (“O Mito do Eterno Retorno”), as comemorações de qualquer data significam um retorno à ação primordial do fato. A senhora em questão não sabe nada disso, mas, inconscientemente, tem um grande medo do ritual das Forças.
No entanto, senhora, as comemorações ritualísticas permaneceram, sim, independentes de sua irada vontade. Quantos artigos sobre esta data cívica, detestável para a senhora e suafamiglia, foram espalhados pela via da democrática internet?
Isto também é comemoração, e das boas! Reduzido é o número de presentes nas solenidades, mas quantas e quantas pessoas não leram os artigos comemorativos que correram céleres pelo extraordinário espaço virtual?
Será que terá ímpetos ditatoriais contra essa participação cívica em que se restaura pela lembrança o momento em que o Brasil pôs um basta! na anarquia dos desequilibrados predecessores seus?
Em homenagem ao início de um tempo em que o Brasil largamente cresceu e a palavra “mensalão” não existia nos dicionários, desconhecida que era pela sociedade, então alfabetizada e inteligente, e não compactuava, como hoje, com a sangria nos cofres da Nação. Será?
Se isso acontecer, senhora, se a sua Mont Blanc funcionar decretando a mordaça nos internautas independentes, incólumes à sua porca ideologia, aí, seu desgoverno, já cambaleante, em decomposição, pela sua total incompetência, aí, sim, a “democracia socialista” de fachada, mostrará a sua real cara, tão feia quanto a sua, quanto a dos seus comparsas que infestam o congresso e os ministérios desta Nação, corroída, dia a dia, pelos vorazes cupins petistas.
Muito boa essa nova modalidade de comemoração, quando os artigos, como Ordens do Dia, correram por esse Brasil afora, registrando a fidelidade aos antigos e vitoriosos chefes; louvando a liberdade que defenderam e da qual ainda usufruímos; a simpatia dos civis à causa democrática que uniu, há quarenta e nove anos, a sociedade e os militares.
Excelente esse espaço indefinível por onde se espalha até o mais longínquo rincão do país, o conhecimento de sua arbitrária medida de amputar as Forças que continuam firmes, apesar de a senhora, que está presidente, manifestar o seu despeito em relação a elas.
No entanto, como sacerdotisa do caos, costuma ser inquilina das instalações militares, locais onde descansa os costados e os de sua radiosa família, no recesso natalino. A disciplina, a organização, a higiene ambiental, a ética, embora não estando habituada a elas, são bem-vindas, não é senhora? É o único momento em que se livra dos companheiros de cambalachos.
Até o próximo dia 31 de Março — O Cinquentenário!
(*) Doutora em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa.
Por Aileda de Mattos Oliveira (*)
O destino, comparsa de primeira linha, escancarou-lhe as portas da indecorosa política dos conchavos. Pôs-lhe o poder nas mãos; entregou-lhe a chave do cofre para aliciamento dos que agem na sorrateira sombra, tão a gosto da senhora. Fez-lhe presente de uma caneta viciada em medidas provisórias, mas, apesar de favorecê-la com tantas vantagens, sensatamente recusou-se em lhe conceder a autoridade do cargo; em dotá-la de inteligência; em fazê-la íntima das palavras, em outorgar-lhe o dom do raciocínio. Isso também seria privilégio demais, parcialidade excessiva, tal como ocorre na Comissão Unilateral da Verdade.
Ciente de sua falta de escrúpulos com o dinheiro público, esse destino, seu aliado, levou-a a hospedar-se nos hotéis mais caros das cidades por onde vagueia em turismo oficial. Pôs um caminhão-baú à disposição, para resguardar os caros presentes, mimos que concedeu a si mesma. Um verdadeiro consumo de luxo!
Proveu-lhe essas facilidades esse amigo destino, por saber que a fanática esquerdista, no íntimo, permanece uma provinciana deslumbrada com o primeiro mundo, tal uma “burguesa alienada”, como em outros tempos, era desdenhada pela senhora e seus parceiros a mulher de classe média, que virava as costas à ladainha vermelha. Época de vacas magras, quando ainda não se hospedava em suítes presidenciais de muitos reais, mas se amontoava em ‘células’ ou ‘aparelhos’. Lembra-se? Uma conquista de canguru, já que o salto do antes para o depois foi espetacular.
Destemida, outrora, pôs as mãos no recheio de um cofre conquistado à força com seus companheiros de luta armada. Agora, que tem o dinheiro do contribuinte à disposição, está com medo de quê, senhora? Quem tem setenta e cinco por cento de aprovação, apesar de as consultas nunca terem chegado a mim, nem aos amigos e conhecidos, não pode ter medo de triviais solenidades do calendário militar. Ou pode?
Por que temer rotineiras comemorações militares, senhora? Solenidades sempre as mesmas: calcanhares batendo, continências fazendo, bandeira hasteando, banda tocando, hino cantando, nomes das vítimas que seu bando abateu, relembrando, tudo bobagem, tudo pura vibração de militar. Medo de quê, senhora?
Medo de que o ”ritual da solene repetição” possa transformar nostalgia em ação e dar o que fazer, não é verdade? Lembrar as datas em que a senhora e os seus quixotes foram derrotados, realmente não é coisa que se faça a uma gabaritada chefe de estado. Chefe de estado! Que sina a do Brasil!
Segundo Mircea Eliade (“O Mito do Eterno Retorno”), as comemorações de qualquer data significam um retorno à ação primordial do fato. A senhora em questão não sabe nada disso, mas, inconscientemente, tem um grande medo do ritual das Forças.
No entanto, senhora, as comemorações ritualísticas permaneceram, sim, independentes de sua irada vontade. Quantos artigos sobre esta data cívica, detestável para a senhora e suafamiglia, foram espalhados pela via da democrática internet?
Isto também é comemoração, e das boas! Reduzido é o número de presentes nas solenidades, mas quantas e quantas pessoas não leram os artigos comemorativos que correram céleres pelo extraordinário espaço virtual?
Será que terá ímpetos ditatoriais contra essa participação cívica em que se restaura pela lembrança o momento em que o Brasil pôs um basta! na anarquia dos desequilibrados predecessores seus?
Em homenagem ao início de um tempo em que o Brasil largamente cresceu e a palavra “mensalão” não existia nos dicionários, desconhecida que era pela sociedade, então alfabetizada e inteligente, e não compactuava, como hoje, com a sangria nos cofres da Nação. Será?
Se isso acontecer, senhora, se a sua Mont Blanc funcionar decretando a mordaça nos internautas independentes, incólumes à sua porca ideologia, aí, seu desgoverno, já cambaleante, em decomposição, pela sua total incompetência, aí, sim, a “democracia socialista” de fachada, mostrará a sua real cara, tão feia quanto a sua, quanto a dos seus comparsas que infestam o congresso e os ministérios desta Nação, corroída, dia a dia, pelos vorazes cupins petistas.
Muito boa essa nova modalidade de comemoração, quando os artigos, como Ordens do Dia, correram por esse Brasil afora, registrando a fidelidade aos antigos e vitoriosos chefes; louvando a liberdade que defenderam e da qual ainda usufruímos; a simpatia dos civis à causa democrática que uniu, há quarenta e nove anos, a sociedade e os militares.
Excelente esse espaço indefinível por onde se espalha até o mais longínquo rincão do país, o conhecimento de sua arbitrária medida de amputar as Forças que continuam firmes, apesar de a senhora, que está presidente, manifestar o seu despeito em relação a elas.
No entanto, como sacerdotisa do caos, costuma ser inquilina das instalações militares, locais onde descansa os costados e os de sua radiosa família, no recesso natalino. A disciplina, a organização, a higiene ambiental, a ética, embora não estando habituada a elas, são bem-vindas, não é senhora? É o único momento em que se livra dos companheiros de cambalachos.
Até o próximo dia 31 de Março — O Cinquentenário!
(*) Doutora em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa.
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