sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Brasil de hoje !

Regime das Máfias - O Brasil não se enxerga

Blog Sanatório de Notícias

Alguém, faz oito anos e pouco, descobriu que para mandar no Brasil bastaria comprar com moeda pública - sonante ou em espécie de serviços essencias - as bases fundamentais do que se chama Estado.

Para ser didático e claro, Estado quer dizer exatamente o que está nos dicionários e na Constituição: "conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação".

Com a hipócrita e bem-urdida "estratégia de coalizão pela governabilidade" os governos de Lula compraram o Brasil. O que era um país soberano foi se transformando - "o Brasil mudou!" - numa espécie de grande central sindical de âmbito geral e nacional, açambarcando os serviços essenciais - água, luz, telefone, comunicações, saúde, transportes, limpeza urbana, segurança, receita e despesa, parlamento, justiça, genéricos e similares.

A grande Central do Brasil da Silva é como o câncer, evolui. Ela hoje se dissemina no que pode ser facilmente identificado como o Regime das Máfias. Seus poderosos tentáculos proliferam em danosos e quase incuráveis sinais metastáticos.

O diagnóstico é evidente e não tem nada de estável. É progressivo. O Brasil está sob o regime das máfias de branco, de toga, de batina, de colarinhos parlamentares, de executores do Executivo, de consultores, lobistas, sindicatos, institutos, fundações, organizações de fachada, empreiteiras, transportadoras, concessionárias de tudo um pouco, terceirizadores, lixeiros, carteiros, milícias civís, militares, da máfia dos doadores e receptores de campanhas eleitorais.

E, com este seu jeito de "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado", o Brasil de Dilma - a Búlgara Bruxelante chega lá fora e, como se não tivesse a cara da máfia russa com traços tiriricas, se oferece para ajudar meio mundo nesses tempos bicudos.

Cheia de si, com o Brasil da Silva nas costas, Dilma aproveitou a visita sentimental à diminuta Gabrovo, torrão natal de seu genitor búlgaro, dom Pedro Rousseff, para substituir a faxineira por uma magnânima enfermeira pronta para sarar as feridas do mundo e capaz de ser a tábua de salvação do universo em desencanto.

Sem noção. No máximo, o Brasil tinha que cuidar primeiro de si mesmo: varrer do Estado esses garis de luxo que infestam a Esplanada dos Ministérios, maior lixeira do mundo a céu aberto. Depois, só depois deveria tratar de ser o primeiro e mais respeitado país emergente.

O Brasil é bonito, é grande, é ocidental. Não tem a resistência frontal de uma Rússia ao que se chama democracia; não é uma China que vai de Mao a pior e não cabe em si mesma por tradição; não é a Índia cheia de tabus interiores; nem de longe parece ou quer ser uma África, paquidérmica por natureza.

O Brasil de Lula a Dilma não consegue ser o país emergente que merece e ainda assim, tem a desfaçatez de, mais do que se oferecer como um simples mediador - que já seria demais - apresenta-se como um grande salvador de todas as pátrias, dono da solução mundial.

Lula começou com isso e Dilma - depois que saiu na Forbes e na Newsweek - incorporou o grande espírito redentor de conflitos internacionais, mediador de crises e apaziguador de guerras. O Brasil que não olha para dentro de si mesmo; que não consegue deixar de ser o mais humilde dos países emergentes, não pode mesmo ver nada direito lá fora. Nem mesmo o papel de palhaço que está fazendo.

Nesse meio tempo, alguns sinais metastáticos de indignação popular revelam que há esperança de mudanças no Brasil. Mudanças que vêm de baixo para cima; que não têm nada a ver com facções de crime organizado, nem com aparelhos tipo correntes majoritárias, movimentos de um Brasil Novo, aloprados, mensaleitros, sanguessugas que mudaram de fato, sem nenhum direito, o Estado brasileiro e o contaminaram com o vírus do regime das máfias.

E asssim é que, com Dilma na Bélgica, na Bulgária e na Turquia, o Brasil está pagando o mico da pavonice internacional e a nação brasileira pagando a conta. 

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