Frutal e Flor Pará geram mais de 20 milhões de reais em negócios
Do Blog Eco Amazônia
O volume de negócios de 22 milhões de reais e um público de 37 mil visitantes, nos quatro dias, fizeram da Frutal Amazônia e Flor Pará 2011, as mais visitadas dos seis anos de realização conjunta dos eventos. As feiras encerraram neste domingo, 23, superando as expectativas dos organizadores e expositores. O encerramento teve a presença do Secretário Especial de Produção do Pará, Sidney Rosa, e da diretora adjunta da Secretaria Estadual de Agricultura, que representou o secretário Hildegardo Nunes.
As dificuldades de início do governo adiaram a realização de junho para outubro, mas não diminuiu o êxito das mais importantes feiras de flores e frutas da região Norte do país. A inovação foi a marca da Frutal e Flor Pará deste ano, que trouxeram para a capital mais de mil agricultores do interior do Estado, que passaram por mais uma etapa de capacitação tecnológica, com base numa agricultura sustentável.
A agricultora Julia Serrim, trouxe de Portel a tradicional farinha de mandioca e também de macaxeira com sabor de queijo ou de castanha do Pará. A novidade fez a ela voltar mais cedo para casa. Vendeu, em três dias, o estoque de 300 quilos. "É preciso fazer diferente para vencer a concorrência", ensina a produtora.
O produtor Nelson Costa também não ficou até o fim da feira, porque vendeu rápido os 150 quilos de queijo coalho que trouxe de Altamira. O produto, feito com o leite das vacas que ele mesmo cria, tem um segredo que ele não conta prá ninguém. "É prá não abrir os olhos dos outros produtores", diz ele.
Os 34 expositores da agricultura familiar vieram de 22 municípios. Eles venderam 180 mil reais em laticínios, doces, geléias e biscoitos de frutas, artesanato de cerâmica e miriti. Os cosméticos naturais e biojoias tiveram grande procura na feira. Mas, foram os produtores de flores e plantas artesanais que mais venderam. Em dois dias os estoques de rosas desapareceram dos estandes. As orquídeas também foram sucesso de venda.
As oficinas de arranjos florais foram as mais freqüentadas e encerraram a programação das feiras. A florista Wilma Bellotto, do Paraná, ensinou a fazer bouquets de noiva usando técnicas que aprendeu na Europa, como o aramado, para dar leveza. "A arte não tem preço, um bouquet pode custar até 5 mil reais dependendo do tipo de flor e a técnica utilizada", disse ela.
O presidente do Instituto Frutal ficou entusiasmado com o grande número de visitantes no último dia da feira. A diretora da Saggri, Eliana Zacca, informou que a Frutal Amazônia e Flor Pará voltarão a acontecer em junho no próximo ano e o secretário de Produção Sydney Rosa anunciou para 15 a 17 de março de 2012, a realização da Feira da Agricultura Familiar, o que demonstra a importância desse segmento para a economia do Estado.
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