Jornal da Tarde/SP
Comprar um celular falsificado pode ser um mau negócio, apesar de os aparelhos piratas já serem 11,4 milhões no Brasil – 20% do mercado nacional, segundo estimativas do mercado.
Pesquisa feita pelo Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) apontou que os celulares falsificados falharam em 26% das tentativas de ligações e 24% das ligações caíram.
Além disso, apresentam baixa qualidade de material, falta de conectividade com a internet e capacidade reduzida em manter as ligações quando o usuário está em movimento, além de prometer ferramentas que não funcionam. O estudo comparou 44 imitações com equipamentos originais.
O INdT é uma entidade de pesquisa e desenvolvimento com base no Brasil. “Os modelos falsificados geralmente são os líderes de mercado, os mais desejados”, diz Aderbal Bonturi Pereira, diretor do Mobile Manufacturers Forum (MMF) para a América Latina, uma associação internacional de fabricantes de equipamentos para telecomunicações.
Ainda segundo o estudo, os aparelhos piratas também apresentaram problemas relacionados à capacidade do telefone em manter a ligação enquanto se move entre as células – áreas cobertas pelas antenas ou estações de rádio base.
“Visualmente eles são parecidos com os originais, mas a qualidade do aparelho é inferior”, diz o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. “Celular sem homologação não tem garantia de funcionalidades, de padrões de segurança, além de estar fora das normas de qualidade”, afirma Luiz Cláudio Carneiro, diretor da a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). “Muitos celulares prometem acesso à internet 3G, câmeras fotográficas com alta resolução, só que testes desmentiram as informações”, afirma Pereira, do MMF.
A Abinee estima 57 milhões de aparelhos fabricados no País voltados para o mercado interno e mais 15 milhões de importados legalmente em 2011.
Os compradores de produtos falsificados se dividem em dois tipos: aqueles que compram pelo preço baixo e os que são enganados. “Os produtos falsificados não são vendidos em lojas credenciadas, em grandes distribuidores e apresentam embalagens de baixa qualidade”, lembra Carneiro. O consumidor que não quer ser enganado também deve prestar atenção se o produto é vendido com nota fiscal, se tem garantia e manual de instruções em português.
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