Médicos param hoje unidades do SUS em 21 Estados
Folha de São Paulo
Médicos de unidades do SUS (Sistema Unificado de Saúde) em todo o Brasil vão parar hoje em protesto contra as baixas remunerações e as más condições de trabalho na rede pública.
Serão interrompidos os atendimentos a consultas e exames em ao menos 21 Estados --estão garantidos os atendimentos nas unidades de emergência e urgência.
A paralisação durante toda esta terça-feira está confirmada nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe.
No Estado do Piauí, a paralisação vai durar três dias. Em São Paulo e em Santa Catarina, somente algumas unidades param e por poucas horas.
Em São Paulo, estão confirmadas paralisações nos hospitais Emílio Ribas, Hospital do Servidor Estadual e no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em Santa Catarina, os médicos vão parar por apenas uma hora.
No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins a rede não para --serão feitos apenas protestos e manifestações.
Com nome de "Movimento Saúde e Cidade em Defesa do SUS", as manifestações são organizadas por uma comissão composta por representantes do CFM (Conselho Federal de Medicina), da AMB (Associação Médica Brasileira) e da Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
REIVINDICAÇÕES
Uma das pautas da mobilização é o reajuste dos honorários médicos. Segundo a Fenam, o salário-base médio de um médico no SUS é de R$ 1.946,91, variando de R$ 723,81 a R$ 4.143,67. O vencimento básico, que representa cerca de 50% do pagamento ao médico, deveria ser R$ 9.688, segundo cálculos feitos pela federação.
As entidades apontaram outra deficiência da rede pública: a queda no número de leitos normais e de UTI. Entre 1990 e 2011, o país perdeu cerca de 203 mil leitos no SUS, segundo dados apresentados pela comissão.
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM, relembrou o movimento dos médicos no mês passado, em defesa de melhores honorários nos planos de saúde, e comparou os dois sistemas --o público e o privado. "Os planos de saúde gastam 55% de toda verba em saúde para atender a 25% da população. E o SUS, que atende a 75% dos brasileiros, usa 45% do que é gasto em saúde no país."
"Com a mobilização queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população", afirma Tibiriçá.
SÃO PAULO
Para chamar atenção para o movimento, médicos vão "envelopar" com a bandeira do Brasil a sede da APM (Associação Paulista de Medicina), no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo.
Depois, farão protesto na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de São Paulo para denunciar as más condições de trabalho. Na rede estadual, salário é de R$ 1.700 e, na capital, de R$ 2.200 para 20 horas semanais.
Nota do Blog: E nossos caciques (atuais ou ex) riem, acenam, fazem de conta que tudo está as mil maravilhas no País da Bananália. Um País do descaso. Imaginem que a saúde pública literalmente há muitos anos vivendo na UTI sem greve já é uma M.... do tamanho do País, imaginem com greve. O povo, ora o povo que se lixe.
Mas, sempre é bom relembrar que nós somos os culpados. Nós colocamos toda essa curríola no govêrno. Então, vão chorar na cama que é lugar quente.
É triste e deprimente ver que um profissional que estudou anos e dedica sua vida à cuidar dos outros ganhe uma merreca, um salário vergonhoso, enquanto o 2° deputado federal mais votado que tem que provar que sabe ler e escrever ganhe o seguinte salário: "Salário bruto de um Deputado Federal é de R$12.847,00 - porém, existem alguns benefícios, como o auxílio-moradia de R$3.000,00 - R$50.815,62 para contratação de assessores de confiança - R$ 15 mil para cobrir despesas de suas atividades políticas no estado de origem - De R$ 4,1 mil a R$ 15,6 mil, dependendo do estado de origem, para passagens aereas - R$ 6 mil por ano para serviços de impressão gráfica - R$ 4.268,55 para gastarem com telefonemas e envio de cartas.
ResponderExcluirAlém do 13º, o Deputado Federal também tem direito ao 14º e ao 15º a título de ajuda de custo.
O salário bruto é repassado sem cortes, desde que o parlamentar tenha registrado presença no plenário nos dias em que forem realizadas sessões para votações.(PS.: trabalho árduo, não?)
Em casos de ausência por problemas de saúde ou por "missão oficial" (viagens ou compromissos relacionados ao mandato), o salário do Deputado Federal também é depositado integralmente."
Mas o pior de tudo é saber que existem um milhão de pessoas com capacidade para colocar um cara desses no poder.
Onde vamos parar???????????? Que país deixar para nossos filhos????
Bravo Claudia .. Bravo Claudia ...
ResponderExcluirColoque toda sua indignação prá fora. Mais e mais pessoas deveriam expor da mesma forma. Um País da Bananália. Enquanto políticos semi-analfabetos se orgulham de seus "feitos", milhares de profissionais que passaram anos e anos em cima de livros e que se habilitam para salvar vidas, são obrigados a primeiro trabalharem em lugares onde eles tem que escolher quem vive e quem morre e depois sairem bradando por melhores salários para que eles não morram. Uma vergonha. Rios de dinheiro saindo pelo ralo dos esportes para finalidades esdrúxulas, e a saúde nesse caos absurdo com nossas autoridades clamando mais impostos para fecharem uma válvula que não para de sangrar.
Senhores politicos como podem ser tão podres e inúteis.