Ser empresário é ter capacidade de adaptação, diz Bertini, da Cinemark
O Estado de São Paulo
Trabalhar até 14 horas por dia faz parte da rotina deste empresário, que faz questão de participar de todos os projetos da companhia que preside, além acompanhar as construções das salas de cinema e a inauguração de cada uma delas. "Todos meus amigos acham que eu só vejo filme, a única coisa que eu não faço", brinca Marcelo Bertini, presidente da rede Cinemark no Brasil.
Para harmonizar a vida pessoal e profissional, Bertini admite: "A família tem de ser paciente porque você muitas vezes não está disponível". Suas esposa e filha - Marcela e Patrícia -, diz ele, já estão habituadas com a sua rotina atribulada. Mesmo assim, o empresário garante que dá tempo de ir ao cinema. "Não necessariamente é um prazer, porque visito o cinema com olho crítico. Talvez para espairecer seja mais fácil ir no concorrente porque não fico observando nada"
Maior rede de cinemas do Brasil, a Cinemark está no país desde 1997 e hoje possui 433 salas em 29 cidades brasileiras. Os planos, além de expandir para cidades menores, é investir cada vez mais em tecnologia 3D. As salas 3D que em janeiro somam 90 devem passar a 120 até o fim de fevereiro, revela Bertini. "Temos 38 milhões de clientes para atender, quase uma Argentina", compara.
Longe de ter uma carreira tradicional, Bertini começou a exercer sua profissão de economista no mercado financeiro. Fez pós-graduação em finanças e trabalhou como operador de mercado futuro na corretora de um banco. "Achava interessante, mas teve um momento em que eu quis uma vida mais corporativa", lembra. Seu conselho é que mudar a carreira deve ser algo planejado. "Planejar é importante, mas não significa que vai ter êxito. É preciso deixar o instinto funcionar, acreditar naquilo que você quer e não no que o mercado te oferece", afirma, ao dizer que também é interessante achar oportunidades, assim como ele diz ter encontrado na Cinemark.
Nenhum comentário:
Postar um comentário