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Há o silêncio do medo,
Que é também de ignorância,
Do que não sabe a distância
Entre o real e o arremedo.
Há o silêncio que fala
Em olhos embevecidos,
E o silêncio dos vencidos,
Que não têm direito à gala?
Há o silêncio da morte,
Da dor, da desesperança,
E o silêncio da criança
Que não tem, na vida, um norte.
No político solerte,
O silêncio está ausente,
Até porque, se presente,
O silêncio compromete.
Há o silêncio do medo,
Que é também de ignorância,
Do que não sabe a distância
Entre o real e o arremedo.
Há o silêncio que fala
Em olhos embevecidos,
E o silêncio dos vencidos,
Que não têm direito à gala?
Há o silêncio da morte,
Da dor, da desesperança,
E o silêncio da criança
Que não tem, na vida, um norte.
No político solerte,
O silêncio está ausente,
Até porque, se presente,
O silêncio compromete.
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