Eliane Cantanhêde (*)
Já que hoje é feriado, às vésperas das férias, do Natal e do Ano-Novo (mais Copa e Olimpíada), é bom lembrar que o momento é muito propício para novos caos aéreos à la governo Lula.
A data-base dos aeronautas (tripulantes) e dos aeroviários (pessoal que trabalha em terra) é justamente dezembro. Significa que todo santo ano, nesta época, há pressões, ameaças de greve ou mesmo greves. Obviamente, um estresse num setor muitíssimo sensível.
Famílias inteiras de malas prontas, pagando as passagens em nada suaves prestações mensais, com expectativas enormes de férias, e lá vem o banho de água fria com a possibilidade de o voo atrasar, ou simplesmente não decolar, e de ficar horas em aeroportos ultrapassados e desconfortáveis. Um inferno.
As companhias pressionam para mudar a data-base salarial para abril, como forma de distensionar um momento que já é naturalmente tenso na operação da aviação civil. Mas os sindicatos e as associações nem querem ouvir falar nisso, para não perderem poder de pressão. Negociar com ameaça de avião em solo em novembro e dezembro é uma coisa, já em março e abril, outra completamente diferente. E as companhias pintam e bordam.
Quem deveria mediar a questão, que envolve não apenas patrões e empregados, mas milhões de passageiros que cada vez mais voam por aí, deveriam ser os órgãos responsáveis. Mas a gente nunca sabe exatamente quais são, onde estão, o que fazem. Falta comando.
Ao mesmo tempo em que faliram Varig, Transbrasil e Vasp, aumentou fantasticamente o número de usuários. Ou seja, diminuiu o número de companhias e aumentou a demanda. Logo, os problemas.
O duopólio, na prática, e o rígido limite da presença estrangeira no setor talvez não sejam a melhor solução. É preciso mapear o setor, identificar gargalos, abusos, acertos e erros. Para poder planejar.
(*) Jornalista, é colunista da Folha de São Paulo
Já que hoje é feriado, às vésperas das férias, do Natal e do Ano-Novo (mais Copa e Olimpíada), é bom lembrar que o momento é muito propício para novos caos aéreos à la governo Lula.
A data-base dos aeronautas (tripulantes) e dos aeroviários (pessoal que trabalha em terra) é justamente dezembro. Significa que todo santo ano, nesta época, há pressões, ameaças de greve ou mesmo greves. Obviamente, um estresse num setor muitíssimo sensível.
Famílias inteiras de malas prontas, pagando as passagens em nada suaves prestações mensais, com expectativas enormes de férias, e lá vem o banho de água fria com a possibilidade de o voo atrasar, ou simplesmente não decolar, e de ficar horas em aeroportos ultrapassados e desconfortáveis. Um inferno.
As companhias pressionam para mudar a data-base salarial para abril, como forma de distensionar um momento que já é naturalmente tenso na operação da aviação civil. Mas os sindicatos e as associações nem querem ouvir falar nisso, para não perderem poder de pressão. Negociar com ameaça de avião em solo em novembro e dezembro é uma coisa, já em março e abril, outra completamente diferente. E as companhias pintam e bordam.
Quem deveria mediar a questão, que envolve não apenas patrões e empregados, mas milhões de passageiros que cada vez mais voam por aí, deveriam ser os órgãos responsáveis. Mas a gente nunca sabe exatamente quais são, onde estão, o que fazem. Falta comando.
Ao mesmo tempo em que faliram Varig, Transbrasil e Vasp, aumentou fantasticamente o número de usuários. Ou seja, diminuiu o número de companhias e aumentou a demanda. Logo, os problemas.
O duopólio, na prática, e o rígido limite da presença estrangeira no setor talvez não sejam a melhor solução. É preciso mapear o setor, identificar gargalos, abusos, acertos e erros. Para poder planejar.
(*) Jornalista, é colunista da Folha de São Paulo
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