Steve Jobs, obrigado pelo iPod



Blog Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde São Paulo

Steve Jobs não é Deus. Mas foi gênio. Foi um grande inventor, pensou diferente, mudou a nossa concepção sobre as coisas. Não vou ficar repetindo todos os seus feitos, pois todo mundo sabe quais são. Falarei apenas sobre o que Jobs mudou na minha vida. Não tenho iPhone, não tenho iPad. Quero ter um dia, mas por ora minha vida segue tranquila sem eles. O que mudou meu mundo foi o iPod. Está certo, hoje ele não recebe a mesma atenção que os outros, é visto como um irmão mais velho (e menos avançado). Virou um mero tocador de música perto do iPhone e do iPad, que fazem tudo o que o iPod faz e ainda acessam a internet, fazem ligações, tiram fotos, fazem vídeos e possuem milhões de aplicativos a mais.
Mas, ainda assim, eu não troco o meu iPod por eles e a razão é muito simples: o iPod é um produto concebido exclusivamente aos adoradores de música — e apenas música. E, como geek musical, não quero dividir meu iPod com ligações telefônicas, SMS, fotos, Twitter, nada disso. Quero apenas ouvir o meu som. Quero pesquisar sobre novas bandas, quero mergulhar em discografias, descobrir influências. Não quero interrupções, não quero distrações. O mundo de hoje já é caótico demais, com muita oferta de entretenimento para todos os lados. Meu iPod representa esse momento em que eu paro para ouvir música, onde reflito sobre ela, onde monto o meu playlist, onde faço a minha própria rádio.

Posso viver tranquilamente num mundo sem celulares, sem notebooks e sem tablets. Mas não quero viver num mundo sem iPods. Portanto, agradeço ao Steve Jobs por criar esse aparelhinho, que é menor do que um celular, mas que tem capacidade de carregar uma discoteca inteira.