quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Outra tragédia com endosso oficial

O Restaurante que explodiu não tinha autorização dos Bombeiros

Terra

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, afirmou nesta quinta-feira que o restaurante onde uma explosão causou a morte de três pessoas nesta manhã não tinha a autorização da corporação para funcionar. Segundo o coronel, os donos do restaurante Filé Carioca não haviam solicitado o certificado de aprovação dos Bombeiros, documento necessário para garantir o funcionamento do estabelecimento.

O coronel disse não ter certeza se os outros estabelecimentos do prédio onde houve a explosão haviam feito a solicitação. De acordo com o comandante, é "impossível" fazer a vistoria de todos os estabelecimentos comerciais da cidade. Normalmente, segundo ele, o Corpo de Bombeiros descobre a irregularidade através de denúncia.

O comandante apresentou um laudo da Defesa Civil datado de agosto de 2010, no qual o órgão fazia uma série de exigências para garantir o funcionamento do restaurante. "Este estabelecimento não foi aprovado para utilizar gás combustível em cilindros de GLP (gás de cozinha) ou canalizados de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem autorização pela DGST (Diretoria Geral de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros)", diz o laudo.

"Nenhuma edificação deste tipo pode utilizar GLP", disse o coronel. "O correto seria o uso de gás canalizado", completou. Segundo ele, o restaurante armazenava seis cilindros, cada um com 45 kg de gás.

De acordo com o comandante, a legislação que rege o funcionamento dos estabelecimentos comerciais é de 1977, sendo que o prédio onde ocorreu a explosão foi construído antes, há cerca de 45 anos. "Há muitos prédios antigos no centro do Rio de Janeiro que ainda precisam se adequar à lei. O Corpo de Bombeiros cumpre com clareza o seu papel, despachando as autorizaçãos. É impossível para o Corpo de Bombeiros fiscalizar quem deliberadamente não cumpre a lei", afirmou. O coronel admite que, a partir desse episódio, a fiscalização tem que passar a ser mais rigorosa: "é função dos Bombeiros e do Estado".

Explosão
A explosão ocorreu no restaurante Filé Carioca, que funciona no térreo do edifício Riqueza, na altura do número 9 da rua da Carioca, em frente à Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. Três pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas na explosão.

As três vítimas fatais foram identificadas como Severino Antônio, chefe de cozinha do restaurante, o sushiman Josimar dos Santos Barros e Matheus Maio Macedo, 19 anos, que passava em frente ao local

Do total de 17 feridos, seis receberam alta ainda nesta manhã. Outros dez estão internados no hospital Souza Aguiar, sendo dois em estado grave. Uma vítima, identificada como Daniele Cristina Antunes Pereira, 18 anos, foi levada para o Hospital Miguel Couto, onde passava por cirurgia por volta das 11h30.

O comandante da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, coronel Lima Castro, apontou um vazamento de gás como a possível causa da explosão. De acordo com o comandante, um botijão de gás ficou aberto na noite anterior. Quando o chefe de cozinha chegou ao local nesta manhã e acendeu a luz, houve a explosão. O homem teve o corpo arremessado até o outro lado da rua e foi parar na Praça Tiradentes.

Nota do Blog: A pergunta é simples: - "Se o restaurante não tinha licença dos bombeiros como é que estava funcionando? Quem sacramentou seu funcionamento? Ora bolas, agora todo mundo tira da reta. Detalhe. O restaurante ficava no centro comercial do Rio de Janeiro numa das praças mais movimentadas da cidade. E o cidadão funcionava sem algum alvará? Vão plantar batatas. São tão culpados quanto o dono. Deveriam ser incluídos no processo - todos sem exceção até o prefeito - por negligência e conseqüentemente co-responsáveis pelas mortes e pelos feridos. Sabe-se que nesse País de faz de contas não ocorre nada. Fica apenas a dor das famílias que perderam seus entes queridos e as demais famílias que vão ter que cuidar de seus feridos.
Trazendo para nossa cidade de Santarém não difere.  Há tantos outros comerciantes exatamente na mesmas condições desse restaurante e aqui nem dão bola. Meu pequeno comércio passou pela vistoria da Prefeitura para receber o alvará, dos Bombeiros por ter material de rápida propagação de fogo e da ANVISA por vender alimentos. Todos devidamente identificados e suas licenças pagas. Anualmente. E quantos outros na cidade estão nas mesmas condições? Um monte nem alvará tem. E continuam funcionando e o que é pior mexendo com gás e vendendo alimentos sem qualquer fiscalização. Na hora que ocorrem tragédias como essa do Rio de Janeiro, as autoridades vem literalmente com caras de homens sérios e maus atrás dos culpados e mostrando autoridade de que irão punir exemplarmente. Cinco dias depois que saiu da mídia ninguém mais faz nada. Pais do faz de contas.

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