Traficante Fernandinho Beira-Mar oferece refúgio a bandidos do Rio no Paraguai
O Globo
Traficantes de drogas do Rio que fugiram durante a ocupação dos complexos do Alemão e da Penha, em novembro passado, estariam migrando para a região da fronteira do Brasil com o Paraguai. Os bandidos buscaram refúgio e proteção na estrutura mantida na região pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está num presídio federal de segurança máxima. Uma fazenda de Beira-Mar, na cidade de Capitán Bado, no Paraguai, na fronteira com Mato Grosso do Sul, seria a base de operações dos bandidos.
Apesar de acompanhar a movimentação de traficantes dos complexos do Alemão e Penha, os policiais federais caçam na região pelo menos dez bandidos que antes comandavam o crime em favelas como Mangueira e Jacarezinho. O assunto está sendo investigado por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal. Os agentes também investigam a presença cada vez maior de bandidos da principal facção criminosa de São Paulo no Rio. Eles teriam se associado aos traficantes da facção que controlava o Alemão e a Penha.
Estamos sufocando o tráfico no Rio, investigando praticamente bandidos em todas as favelas, sem dar espaço e trégua. Atuamos na prisão de Polegar e vamos chegar a outros alvos - disse o delegado Victor Poubel, da coordenação de Combate ao Crime Organizado (Dcor) da PF do Rio.
A fuga de traficantes do Rio para o Paraguai aumentou com a expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A fazenda de Beira-Mar na fronteira é usada como refúgio. Ela foi descoberta pela PF em 2007, durante a deflagração da Operação Fênix, que atacou a estrutura financeira da quadrilha de Beira-Mar. Além da fazenda, a PF identificou uma rede de doleiros e casas de câmbio em Rio, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, por onde o bandido, mesmo preso, fez, em um ano, remessas de até US$ 2 milhões para Colômbia, Venezuela e Bolívia.
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