terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Circo

Hugo Cassel (*)

Algumas décadas atrás, visitei Cuba. Na época era diretor de uma emissora de rádio em Porto Alegre. Outro convidado pela Rádio Havana foi o falecido ex-governador gaucho Sinval Guazelli. Hospedados no ainda luxuoso Hotel Habana Rivera, tínhamos encontros, almoços e jantares no próprio cassino do hotel, com todo o alto comando. Fidel Castro, Che Guevara e Raul Castro quase diariamente estavam assistindo com os brasileiros, franceses, russos, italianos e chineses os shows ali apresentados para os participantes do Congresso Internacional de Jornalistas em curso em Havana.

Para o povo havia festas e apresentações com famosos artistas, como o Balé Bolshoi.
Alicia Alonso, uma das mais famosas bailarinas do mundo na época, dançou "A Morte do Cisne" num anfiteatro para 50.000 pessoas. Tudo de graça. Eu, impressionado com aquilo tudo, perguntei a Fidel Castro a razão de tanta festa. A resposta dele, naquela época, prá mim deve ter sido o conselho que ele deu ao Lula muitos e muitos anos depois: "Companheiro, eu sigo um velho exemplo dos imperadores romanos. Um povo estará feliz quando tiver pão e circo. Como temos pouco pão, damos bastante circo para que não se pense em outras coisas".

No Brazil com Z do Lula, a preocupação foi nesses oito anos de "bastante pão" e se encarregar de ocupar o picadeiro do circo com suas fantasias de profeta, cientista, economista, geólogo, jornalista e até humorista, forte concorrente ao Chico Anísio com suas dezenas de personagens, a exemplo do seu show na África, quando provocou gargalhadas com a besteiras que disse sobre o "Brazil".

Mas de todas as fantasias, tem duas que ele parece mais gostar, eis que as veste, seguidamente: É a de "estadista" quando sai pelo mundo a se meter na política de outros países, distribuindo dinheiro que não ajudou a ganhar, e a de Pinóquio, quando desfia suas intermináveis mentiras sobre a ótima situação do nosso país, quando qualquer cidadão com QI normal, sabe que "O Cara" está nos levando para o abismo. A política de "encher o bucho do povo", como ele diz, não leva a nada, pois no dia seguinte o bucho manda a "obra" para o esgoto. Querem circo? A Copa e a Olimpíada vêm aí.

Obras duráveis são secundárias. Estradas boas? Saúde? Hospitais? INSS? Previdência? Aposentados? Tudo isso é dispensável, pois com o "bucho cheio" o pobre morre feliz! Escolas? As itinerantes do MST estão à disposição. É só chegar. Turismo? É um dos seus preferidos, nos outros países é claro, para onde já foi por 200 vezes, levando a reboque dezenas de seus quadrilheiros e a custa do contribuinte.

É como escreve o jornalista Luiz José Mendonça: "Em seu governo o Brasil transformou-se em um país que vem sendo saqueado em todos os sentidos. Tornou-se o paraíso dos especuladores estrangeiros. Obcecado por sua "divina imagem! (se comparou até com Cristo), vem entregando a Amazônia para ONGs internacionais, com toda a riqueza do solo e subsolo. Em oito anos de dois mandatos "socialistas" (ele e seu partido, o PT, são sócios majoritários do Brasil). O grifo é meu.

O presidente deixou a nação completamente desestruturada; portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias, rodovias, saúde, educação, segurança, comércio, agronegócio, tudo um caos". Completo eu: para coroar o "bolo podre" de seu governo, o "sapo barbudo" pretende nos meter goela abaixo, como cereja bichada, uma serpente venenosa que atende por vários nomes, inclusive Dilma. Não vai levar! Deus existe!!!

Futebol
Prorrogação e penaltys é a única decisão justa! Não existe gol dobrado

(*) Editor do Jornal Floripa

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