segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Novo Estado no Oeste do Pará, quando será?

Padre Edilberto Sena (*)

De repente mais uma informação que provoca esperança em todos que sonham com o novo Estado, chamado de Tapajós. Quem sabe se não é por causa desse nome limitante que ajude a demorar a criação do novo Estado? Afinal, moradores lá das estradas e dos municípios da Calha Norte não são banhados pelo grande rio Tapajós mas farão parte do novo estado. Em todo caso, agora o Governo Federal assina uma nova emenda na lei do orçamento do próximo ano, garantindo verba para a justiça eleitoral promover eleições, plebiscitos e referendos.

Com isso, há possibilidade de ser realizado o plebiscito para a criação do novo Estado, se os encarregados dessa licença Os membros do Congresso Nacional) permitirem. Que coisa mais sofrida esta luta pela criação do novo Estado! Santo Deus!
Há tanto desinteresse, má vontade, que parece com a seguinte parábola: “certa vez um homem mau tinha uma vaca que puxava a carroça de legumes para ele vender na feira, que ficava do outro lado da ladeira. Toda semana era a mesma luta para subir a ladeira com a carroça para chegar à feira. Uma das vezes, a pobre vaca estava grávida, em tempo de parir, mas o homem mau não se importava com a necessidade da pobre. Encheu a carroça e se pôs a caminho, subindo a ladeira para chegar à feira. No meio do caminho, levando chicotadas e fazendo esforço, o bezerro começou a sair do ventre da vaca, mas o homem mau não se importava, queria chegar à feira para vender seus legumes. E lá ia a pobre vaca com o bezerro já com a cabeça e pescoço de fora, sangrando, mas não podia parar com tantas chicotadas. Até que chegou à feira, e sob os olhares espantados da multidão, ela pariu um bezerro bonito”.

Assim é a luta pela criação do novo Estado, no Oeste do Pará. É como diz o ditado: “tão difícil como uma vaca magra parindo e subindo ladeira!”. Daí, com a notícia de que haverá recurso financeiro para realizar o plebiscito, aumenta a esperança de que o Congresso Nacional aprove o plebiscito no próximo ano e o bezerro lindo possa nascer, apesar do homem mau.

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém

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