sábado, 21 de agosto de 2010

Couro

couro de bode
Exportações de couros registraram US$ 143,91 milhões em julho

As exportações brasileiras de couros somaram US$ 1,02 bilhão nos sete primeiros meses de 2010, contabilizando aumento de 74% em relação ao acumulado do ano passado, embora a receita em julho, de US$ 143,91 milhões, tenha sido 13% inferior ao mês anterior.
O cálculo é do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior. “Mesmo com o crescimento no período, os embarques até julho foram 16% abaixo do registrado em 2008, resultado da lenta recuperação dos principais mercados compradores do produto nacional”, afirma o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

Em sua opinião, a receita aponta para uma perspectiva de exportação ao redor de US$ 1,7 bilhão, além de um segundo semestre com maior grau de dificuldade para as empresas.
O executivo observa que este valor representa um aumento de quase 50% ante as vendas externas de 2009, mas muito aquém do patamar das exportações em 2007, o ano pré-crise, quando atingiram o montante US$ 2,2 bilhões.
Além do complexo panorama internacional, Goerlich salienta que a competitividade brasileira também é seriamente atingida por fatores internos como a sobrevalorização do real em relação ao dólar, a excessiva carga tributária, os juros altos, a falta de crédito, a excessiva burocracia, além dos gargalos logísticos e de transporte.

Segundo o presidente da entidade, a indústria brasileira, uma das maiores exportadoras mundiais de couros, vem se esforçando para diversificar cada vez mais seus mercados e aumentando a oferta de produtos mais sofisticados, de maior valor agregado. Simultaneamente, o segmento curtidor vem reforçando ações para destacar o couro nacional no exterior, a exemplo da bem-sucedida campanha “Brazilian Leather”.
O programa, conduzido pelo CICB em parceria com a Apex-Brasil, agência vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, renovado em julho, tornou-se uma referência no setor e seus resultados positivos já influenciam expressivamente a imagem do nosso couro e as vendas externas, afirma Wolfgang Goerlich.

China, Itália, Hong Kong e Estados Unidos são os principais destinos do couro nacional; Brasil também aumenta exportações para Hungria, Uruguai, Cingapura, Grécia, El Salvador e Croácia

De janeiro a julho de 2010, os principais mercados do couro brasileiro foram :
a China, com US$ 229,27 milhões (22,4% de participação e aumento de 67%), país que assumiu o primeiro lugar de destino do produto nacional;
Itália, com US$ 226,83 milhões (22,16% de participação e crescimento de 70% ante o período anterior),
Hong Kong (US$ 122,45 milhões, 11,96% de participação e elevação 54%),
Estados Unidos, US$ 107,1 milhões (10,46% e salto de 126%).
No acumulado do ano,
Vietnã (US$ 30,1 milhões), Alemanha (US$ 29,68 milhões), México (US$ 23,98 milhões), Indonésia (US$ 23,5 milhões), Coréia do Sul (US$ 21 milhões), Holanda (US$ 20 milhões), e Tailândia (US$ 17,73 milhões) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras.
Entre outros países que aumentaram as aquisições do couro nacional no período, destacam-se: Hungria que aumentou 205%, importando US$ 10,32 milhões; Uruguai (41,84 vezes, US$ 7,44 milhões) e Cingapura (11,38 vezes, US$ 7,1 milhões). Outros dois países também importaram mais peças do Brasil: Grécia, que comprou 11,76% a mais, US$ 331,4 mil; e Croácia (11,17 vezes, US$ 109,5 mil).

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