Wanderley Nogueira (*)
Quando a Fifa disse, ainda na África, que o trabalho para 2014 estava lento demais no Brasil, a reação das autoridades brasileiras foi explosiva. Os sensíveis responsáveis pelo andamento do Mundial de 2014 disseram que não eram idiotas e que sabiam de suas obrigações.
Pois é… Agora o Ministério do Esporte informou que o governo está preocupado quanto ao andamento das obras e está pressionando as cidades-sede para acelerar o início das construções dos estádios que terão jogos no próximo Mundial. E é preciso lembrar, mais uma vez, que a cidade de São Paulo ainda não tem estádio para o evento. Nem sabe se terá.
A situação chegou naquele estágio que as pessoas preocupadas com a gastança temiam: a hora da pressa. Por ordem do Governo Federal, o BNDES dará prioridade aos projetos das praças esportivas e o objetivo é aprová-los até o final deste mês. Quase todos os estádios indicados precisam do dinheiro do BNDES. A Fifa deu prazo até o final de 2012 para os estádios estarem prontos.
Não são poucas as pessoas que falam, há muito tempo, que os dias estão passando e a urgência vai chegar. A Fifa não esconde a sua aflição com o atraso das coisas por aqui…
Todos nós sabemos que quando as pernas estão apressadas, aumenta a chance de tropeçar. E o tropeço aqui não se refere apenas ao trabalho feito pelas maõs honestas dos pedreiros. É a “dificuldade” de fechar contas numa correria.
O apressamento é tanto que podem surgir embaraços na vida daqueles que vão cuidar dos milhões e milhões de reais. E nós sabemos que pressa e prudência não combinam.
Pressa se ajusta bem com trapalhada…
(*)Jornalista esportivo. Trabalha na Joven Pan de São Paulo desde 1977
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