Fábio Santos (*)
“Olá querida irmã
Estou muito feliz que tenha chegado tão bem aos teus 450 anos.
Sei que é uma data importante e venho por meio desta carta te parabenizar.
Sei que muita gente anda dizendo que não nos damos bem e que somos completamente diferentes, mas não ligue para isso, pois, apesar de nossos desentendimento, te quero muito bem.
Sei que te chamam de Cidade Maravilhosa enquanto me apelidam de Pauliceia desvairada, mas és realmente muito linda e eu um pouco amalucada.
Não deixo essas eternas comparações interferirem no afeto que existe entre nós.
Como mais velha, muita gente me vê como sisuda e dura.
Por outro lado, você – como todo irmão mais novo – é paparicado e às vezes até mimado. Mas em toda família é assim, não é mesmo? Uma mistura de admiração, ciúmes e disputa.
Nossa última briguinha foi, veja só, por causa de água.
Mas teve aquela sobre a morte do samba, do melhor futebol e aquela muito triste de 1932. Mas tudo bem, são águas passadas.
Apesar de você ser 11 anos mais nova, fico orgulhosa de suas conquistas tão precoces
Tem coisas que eu nunca consegui e confesso que lhe invejo, como ser capital federal, sediar a final de uma copa e até uma Olimpíada.
Mas ostento com orgulho o palco da independência de nosso país, um dos capítulos mais importantes do Brasil
Sei também que ambas possuem muitos motivos para lamentar, principalmente no que diz respeito aos nossos cidadãos da periferia, ou, no teu caso, do subúrbio.
Temos muito a aprender uma com a outra e, juntas, poderemos evoluir com maior facilidade.
Por fim, fico feliz em saber que muitos dos meus encontraram um lugar para morar por aí, da mesma maneira que recebo de braços abertos teus filhos. Irmãzinha, continue sempre assim: jovem, irreverente e maravilhosa.
Em 450 anos, você fez o mundo inteiro te admirar e cantar o seu nome.
Estou muito orgulhosa.
Com carinho, da sua irmã mais velha
São Paulo “
(*) Jornalista e paulistano
“Olá querida irmã
Estou muito feliz que tenha chegado tão bem aos teus 450 anos.
Sei que é uma data importante e venho por meio desta carta te parabenizar.
Sei que muita gente anda dizendo que não nos damos bem e que somos completamente diferentes, mas não ligue para isso, pois, apesar de nossos desentendimento, te quero muito bem.
Sei que te chamam de Cidade Maravilhosa enquanto me apelidam de Pauliceia desvairada, mas és realmente muito linda e eu um pouco amalucada.
Não deixo essas eternas comparações interferirem no afeto que existe entre nós.
Como mais velha, muita gente me vê como sisuda e dura.
Por outro lado, você – como todo irmão mais novo – é paparicado e às vezes até mimado. Mas em toda família é assim, não é mesmo? Uma mistura de admiração, ciúmes e disputa.
Nossa última briguinha foi, veja só, por causa de água.
Mas teve aquela sobre a morte do samba, do melhor futebol e aquela muito triste de 1932. Mas tudo bem, são águas passadas.
Apesar de você ser 11 anos mais nova, fico orgulhosa de suas conquistas tão precoces
Tem coisas que eu nunca consegui e confesso que lhe invejo, como ser capital federal, sediar a final de uma copa e até uma Olimpíada.
Mas ostento com orgulho o palco da independência de nosso país, um dos capítulos mais importantes do Brasil
Sei também que ambas possuem muitos motivos para lamentar, principalmente no que diz respeito aos nossos cidadãos da periferia, ou, no teu caso, do subúrbio.
Temos muito a aprender uma com a outra e, juntas, poderemos evoluir com maior facilidade.
Por fim, fico feliz em saber que muitos dos meus encontraram um lugar para morar por aí, da mesma maneira que recebo de braços abertos teus filhos. Irmãzinha, continue sempre assim: jovem, irreverente e maravilhosa.
Em 450 anos, você fez o mundo inteiro te admirar e cantar o seu nome.
Estou muito orgulhosa.
Com carinho, da sua irmã mais velha
São Paulo “
(*) Jornalista e paulistano
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