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A capacidade da floresta amazônica de absorver o excesso de dióxido de carbono na atmosfera está diminuindo com o tempo, segundo divulgaram pesquisadores na semana passada. Essa descoberta sugere que limitar as mudanças climáticas pode ser mais difícil do que se esperava.
Por décadas, as florestas e mares da Terra têm absorvido cerca de metade da poluição causada pelo carbono que as pessoas jogam na atmosfera. Assim, conseguiram limitar o aquecimento do planeta causado por essas emissões.
Em grande parte, as florestas e oceanos se mantiveram constantes enquanto as emissões aumentaram muito. Isso surpreendeu muitos cientistas, mas também foi um aviso de que esse grande "reservatório de carbono" pode não durar para sempre.
Em um amplo estudo, realizado ao longo de 30 anos, que analisou 189 mil árvores distribuídas em 321 terrenos na bacia Amazônica, pesquisadores liderados por um grupo da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriram que a absorção de dióxido de carbono no local teve seu auge nos anos 90, com cerca de 2 bilhões de toneladas por ano, e desde então caiu pela metade.
Inicialmente, disseram os pesquisadores, a Amazônia respondeu bem aos níveis cada vez maiores de dióxido de carbono, que tem a capacidade de aumentar o crescimento das plantas, mas esse fenômeno parece estar diminuindo. Entre os motivos talvez estejam as secas e outros causadores de estresse, mas o fator principal parece ser o fato de que a aceleração inicial do crescimento agilizou o metabolismo das árvores.
"Com o tempo, o estímulo ao crescimento alimentado por esse sistema faz com que as árvores vivam mais depressa e, assim, morram mais jovens", explica Oliver L. Phillips, ecologista tropical da Universidade de Leeds e um dos líderes da pesquisa.
Serão necessárias mais pesquisas, mas os cientistas dizem que os modelos de previsão do clima que assumem que a Amazônia é um reservatório de carbono contínuo e robusto podem ser otimistas demais.
Em uma escala global, estudos sugerem que as florestas ainda estão absorvendo muito mais carbono do que soltam na atmosfera, mesmo que estresses como incêndios e ataques de besouros aumentem por causa das mudanças climáticas. Na essência, a ascensão das forças de crescimento ultrapassava a das forças de morte nas florestas do mundo.
A maior questão agora é se isso vai mudar. Será que outras florestas além da Amazônia, como a floresta boreal que circunda o hemisfério Norte, vão eventualmente fazer o mesmo e diminuir seu potencial de absorção de carbono?
Isso significaria que a civilização humana terá menos ajuda das árvores, e que, para limitar o aquecimento global a níveis toleráveis, os corte nas emissões de carbono precisariam ser ainda mais agudos do que o pensado anteriormente.
"As florestas estão nos fazendo um imenso favor, mas não podemos contar com elas para resolver o problema do carbono. Ao invés disso, será necessário aumentar o corte das emissões para estabilizar nosso clima", avisa Phillips.
A capacidade da floresta amazônica de absorver o excesso de dióxido de carbono na atmosfera está diminuindo com o tempo, segundo divulgaram pesquisadores na semana passada. Essa descoberta sugere que limitar as mudanças climáticas pode ser mais difícil do que se esperava.
Por décadas, as florestas e mares da Terra têm absorvido cerca de metade da poluição causada pelo carbono que as pessoas jogam na atmosfera. Assim, conseguiram limitar o aquecimento do planeta causado por essas emissões.
Em grande parte, as florestas e oceanos se mantiveram constantes enquanto as emissões aumentaram muito. Isso surpreendeu muitos cientistas, mas também foi um aviso de que esse grande "reservatório de carbono" pode não durar para sempre.
Em um amplo estudo, realizado ao longo de 30 anos, que analisou 189 mil árvores distribuídas em 321 terrenos na bacia Amazônica, pesquisadores liderados por um grupo da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriram que a absorção de dióxido de carbono no local teve seu auge nos anos 90, com cerca de 2 bilhões de toneladas por ano, e desde então caiu pela metade.
Inicialmente, disseram os pesquisadores, a Amazônia respondeu bem aos níveis cada vez maiores de dióxido de carbono, que tem a capacidade de aumentar o crescimento das plantas, mas esse fenômeno parece estar diminuindo. Entre os motivos talvez estejam as secas e outros causadores de estresse, mas o fator principal parece ser o fato de que a aceleração inicial do crescimento agilizou o metabolismo das árvores.
"Com o tempo, o estímulo ao crescimento alimentado por esse sistema faz com que as árvores vivam mais depressa e, assim, morram mais jovens", explica Oliver L. Phillips, ecologista tropical da Universidade de Leeds e um dos líderes da pesquisa.
Serão necessárias mais pesquisas, mas os cientistas dizem que os modelos de previsão do clima que assumem que a Amazônia é um reservatório de carbono contínuo e robusto podem ser otimistas demais.
Em uma escala global, estudos sugerem que as florestas ainda estão absorvendo muito mais carbono do que soltam na atmosfera, mesmo que estresses como incêndios e ataques de besouros aumentem por causa das mudanças climáticas. Na essência, a ascensão das forças de crescimento ultrapassava a das forças de morte nas florestas do mundo.
A maior questão agora é se isso vai mudar. Será que outras florestas além da Amazônia, como a floresta boreal que circunda o hemisfério Norte, vão eventualmente fazer o mesmo e diminuir seu potencial de absorção de carbono?
Isso significaria que a civilização humana terá menos ajuda das árvores, e que, para limitar o aquecimento global a níveis toleráveis, os corte nas emissões de carbono precisariam ser ainda mais agudos do que o pensado anteriormente.
"As florestas estão nos fazendo um imenso favor, mas não podemos contar com elas para resolver o problema do carbono. Ao invés disso, será necessário aumentar o corte das emissões para estabilizar nosso clima", avisa Phillips.
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