terça-feira, 3 de março de 2015

Mudanças na aposentadoria. Vantagem para quem?

G. Carvalho Sociedade de Advogados 

O Governo Federal vem sinalizando com o fim de um inimigo antigo dos aposentados ou de quem pretende parar de trabalhar, o Fator Previdenciário, pelo menos é o que informa o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, em entrevista ao Estado de S. Paulo. 

Contudo, a notícia não é motivo para alegria, pois o sistema não voltará a ser como era antes dessa sistemática criada em 1999 por uma nova fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil. 
O Governo defende o conceito da fórmula do 85/95 como base de partida. Para se aposentar nesse conceito, deve-se somar a idade do contribuinte e o tempo de serviço, ou seja, a soma deve ser de 85 para mulheres e 95 para homens. 

Entenda 
Para o homem se aposentar com 60 anos, ele deverá ter trabalhado 35 anos, e para se aposentar com 65 anos, ter trabalhado 30 anos somando-se os 95. Já para a mulher se aposentar com 55 anos, ela deverá ter trabalhado 30 anos, somando-se os 85. 

Segundo o representante do governo, esse novo sistema já vem sendo debatido com as centrais sindicais e vem tendo boa aceitação. 

A principal argumentação é que o atual sistema é falido, que não funciona, e dizem que precisamos fazer uma grande reforma da Previdência. Contudo, existem estudos que apontam que muito dos problemas enfrentados decorrem de uma má gestão das verbas direcionadas à previdência. 

“O grande problema é que tudo tem sido realizado de forma fria e política, deixando para segundo plano o principal alvo dessas ações, que é o trabalhador brasileiro, qual sempre fica como parte mais fraca da corda. É sabido que houve má utilização do dinheiro da previdência e é no mínimo injusto o povo ter de pagar por isso”, alerta o Dr. Guilherme de Carvalho, presidente da G. Carvalho Sociedade de Advogados. 

 “Caso essa proposta seja aprovada e prejudique os trabalhadores, analisaremos todas as formas legais a fim de reverter essa situação a favor do trabalhador, como já buscamos e conseguimos sucesso em relação ao fator previdenciário”, avisa o Dr. Guilherme de Carvalho. 

Ainda segundo o representante do Governo, um ponto positivo é que não haveria uma idade mínima para se aposentar, assim como em boa parte dos países desenvolvidos. Segundo ele, o fator previdenciário é ruim porque não cumpre com o papel de retardar as aposentadorias. É preciso agora pensar numa fórmula que cumpra esse papel de retardar a aposentadoria.

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