Revista Época - Blog do Planeta
Nestes últimos meses, a água que parecia algo simples e abundante virou motivo de preocupação para todos. Especialmente na Região Sudeste do Brasil, a escassez hídrica tem impactado o cotidiano das pessoas nas cidades e as atividades econômicas como a geração de energia, a agricultura e a indústria.
Os motivos desta situação são vários. Não apenas os problemas de gestão dos recursos hídricos e de desperdícios, mas tivemos uma menor quantidade de chuvas que, provavelmente, foi provocada por fatores de escala global como as mudanças climáticas e a degradação da Amazônia.
De qualquer forma, um consenso é a necessidade de se cuidar melhor dos mananciais. Além de evitar a poluição dos rios e das represas, é preciso preservar o solo e a vegetação nas bacias produtoras de água. Árvores não produzem água, mas garantem a sua quantidade e qualidade. Elas ajudam a regular a vazão atenuando as enxurradas maiores e freando o fluxo das águas.
Com as árvores, a maior parte das águas fica no solo e na vegetação, sendo liberada aos poucos para as represas. Por isso, não dependemos somente da chuva que cai sobre as represas para enchê-las, toda a bacia acima delas é importante para se regularizar a vazão. A área total dos lagos, mesmo os maiores, é muito pequena em relação à bacia hidrográfica, que é todo o território que recebe as águas de chuva e de onde, depois, elas fluem.
Nos últimos meses, além das informações sobre temperaturas e chuvas virou rotina falar dos níveis dos reservatórios na imprensa, com ou sem volume morto. Muitas vezes tem acontecido desses níveis aumentarem sem ter chovido no dia. Isso é uma evidência do papel do solo e da vegetação acima das represas no armazenamento das águas, que demora alguns dias para chegar aos reservatórios.
A vegetação também contribui para a qualidade das águas, pois funciona como filtro retendo o solo arrastado pelas enxurradas e poluentes diversos. O assoreamento e a diminuição do volume útil dos reservatórios são amenizados quando se tem matas ciliares.
A recuperação florestal, apesar de necessária para toda a sociedade como para os moradores e proprietários no meio rural, ainda não é feita em grande escala. Isso se deve a diversos motivos: sociais, culturais, técnicos e econômicos. Os custos, às vezes, são elevados e há uma resistência do agricultor em perder áreas que seriam destinadas à produção. Por isso, cada vez mais se pensa na ideia de incentivos econômicos para quem preserva recupera o meio ambiente em benefício de todos. Ressalta-se que isto não se aplica quando o corte da vegetação foi feito de forma ilegal, nestes casos a recuperação é de responsabilidade de quem degradou.
Precisamos, cada vez mais, de ações de recuperação ambiental onde os custos da recuperação são compartilhados entre agricultores e a sociedade, por meio do governo, mas também de ações voluntárias.
Além da recuperação das matas ciliares, estes projetos devem ter a conservação dos solos agrícolas, a melhoria da irrigação, a diminuição da poluição no meio rural e o saneamento ambiental com tratamento de esgoto e lixo de forma adequada para estas comunidades. Ações desse tipo só acontecem com uma série de parcerias, de ONGs a empresas do poder público de vários níveis e, principalmente, dos agricultores e suas associações.
Projetos como o Plantando Águas, que desenvolvemos na Iniciativa Verde, é um exemplo daqueles que combinam diferentes abordagens ao promover a recuperação de florestas nativas, implantação de sistemas agroflorestais produtivos e o saneamento com tecnologias sociais (como fossas biodigestoras e jardins filtrantes).
Com esses tipos de projetos, estamos fazendo a nossa parte plantando, até agora, um milhão de árvores nativas ou o equivalente a 600 hectares de florestas. Destes, mais de 50 hectares estão nas cabeceiras do Sistema Cantareira, responsável por parte da água da Região Metropolitana de São Paulo .
Nestes últimos meses, a água que parecia algo simples e abundante virou motivo de preocupação para todos. Especialmente na Região Sudeste do Brasil, a escassez hídrica tem impactado o cotidiano das pessoas nas cidades e as atividades econômicas como a geração de energia, a agricultura e a indústria.
Os motivos desta situação são vários. Não apenas os problemas de gestão dos recursos hídricos e de desperdícios, mas tivemos uma menor quantidade de chuvas que, provavelmente, foi provocada por fatores de escala global como as mudanças climáticas e a degradação da Amazônia.
De qualquer forma, um consenso é a necessidade de se cuidar melhor dos mananciais. Além de evitar a poluição dos rios e das represas, é preciso preservar o solo e a vegetação nas bacias produtoras de água. Árvores não produzem água, mas garantem a sua quantidade e qualidade. Elas ajudam a regular a vazão atenuando as enxurradas maiores e freando o fluxo das águas.
Com as árvores, a maior parte das águas fica no solo e na vegetação, sendo liberada aos poucos para as represas. Por isso, não dependemos somente da chuva que cai sobre as represas para enchê-las, toda a bacia acima delas é importante para se regularizar a vazão. A área total dos lagos, mesmo os maiores, é muito pequena em relação à bacia hidrográfica, que é todo o território que recebe as águas de chuva e de onde, depois, elas fluem.
Nos últimos meses, além das informações sobre temperaturas e chuvas virou rotina falar dos níveis dos reservatórios na imprensa, com ou sem volume morto. Muitas vezes tem acontecido desses níveis aumentarem sem ter chovido no dia. Isso é uma evidência do papel do solo e da vegetação acima das represas no armazenamento das águas, que demora alguns dias para chegar aos reservatórios.
A vegetação também contribui para a qualidade das águas, pois funciona como filtro retendo o solo arrastado pelas enxurradas e poluentes diversos. O assoreamento e a diminuição do volume útil dos reservatórios são amenizados quando se tem matas ciliares.
A recuperação florestal, apesar de necessária para toda a sociedade como para os moradores e proprietários no meio rural, ainda não é feita em grande escala. Isso se deve a diversos motivos: sociais, culturais, técnicos e econômicos. Os custos, às vezes, são elevados e há uma resistência do agricultor em perder áreas que seriam destinadas à produção. Por isso, cada vez mais se pensa na ideia de incentivos econômicos para quem preserva recupera o meio ambiente em benefício de todos. Ressalta-se que isto não se aplica quando o corte da vegetação foi feito de forma ilegal, nestes casos a recuperação é de responsabilidade de quem degradou.
Precisamos, cada vez mais, de ações de recuperação ambiental onde os custos da recuperação são compartilhados entre agricultores e a sociedade, por meio do governo, mas também de ações voluntárias.
Além da recuperação das matas ciliares, estes projetos devem ter a conservação dos solos agrícolas, a melhoria da irrigação, a diminuição da poluição no meio rural e o saneamento ambiental com tratamento de esgoto e lixo de forma adequada para estas comunidades. Ações desse tipo só acontecem com uma série de parcerias, de ONGs a empresas do poder público de vários níveis e, principalmente, dos agricultores e suas associações.
Projetos como o Plantando Águas, que desenvolvemos na Iniciativa Verde, é um exemplo daqueles que combinam diferentes abordagens ao promover a recuperação de florestas nativas, implantação de sistemas agroflorestais produtivos e o saneamento com tecnologias sociais (como fossas biodigestoras e jardins filtrantes).
Com esses tipos de projetos, estamos fazendo a nossa parte plantando, até agora, um milhão de árvores nativas ou o equivalente a 600 hectares de florestas. Destes, mais de 50 hectares estão nas cabeceiras do Sistema Cantareira, responsável por parte da água da Região Metropolitana de São Paulo .
Conscientização e educação é a saída
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