sábado, 3 de março de 2012

O mestre-sala da Seleção

Blog do Cajú (Paulo César Cajú (*)

Estive acompanhando amigos franceses esta semana no Rio e por isso não tive tempo de escrever aqui no blog. Mas mesmo com atraso, agora que voltei pra São Paulo não posso deixar de comentar o jogo da Seleção. Que coisa feia! E o Ronaldinho, então?

Sem brincadeira, ele parece o mestre-sala do Bloco das Piranhas que o meu falecido amigo Moisés organizava no carnaval do Rio. Ele roda para cá, roda para lá, dá um sorriso e acha que está desfilando. Jogar que é bom, nada. Se eu, com meus 62 anos, perder 20 quilos e jogar parado na ponta-esquerda aposto que acerto mais passes do que ele. Não vou correr, mas vou dar a bola no pé dos caras.

O Gaúcho não joga nada há uns quatro anos e não se toca disso nem que a torcida do Flamengo está com ele por aqui. Quando eu jogava no Flamengo, já como campeão do mundo em 70, o time tomou sete pancadas seguidas no Brasileiro. Eu tinha tanta vergonha daquele situação que não botava a cara na rua, mas o Ronaldinho não tem a menor vergonha de estar enganando.

Não dá para entender a insistência do Mano em mantê-lo no time. E também não dá para engolir o mau gosto do treinador em escalar Sandro e Fernandinho como dupla de volantes.
A Espanha dá o exemplo há anos com um time em que todo mundo do meio para a frente sabe jogar, e o Mano, com quase dois anos no cargo, não tem uma escalação nem um sistema de jogo definidos. E 2014 chega daqui a pouco…

(*) Ex jogador profissional . Campeão do Mundo pela seleção brasileira

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