Antenor Pereira Giovannini (*)
Num dos telejornais de hoje pela manhã, o apresentador mostra a apreensão por parte da Polícia Militar de São Paulo de 38 barras de ferro e outros objetos contundentes, em uma sede de uma das chamadas torcidas uniformizadas de um time de futebol.
O monitoramento da Polícia fez com que através da marcação de encontro para uma briga entre as torcidas organizadas rivais tal apreensão pudesse ser obtida.
A pergunta que fica. Tais cidadãos podem ser considerados torcedores de futebol? A resposta mais do que clara que não. Talvez individualmente até possam ser pessoas normais, porém quando se encontram em bandos, agem de forma animalesca colocando para fora toda sua imbecilidade e contrariedade, mas na realidade são apenas bandidos e como tal devem ser combatidos.
Nossas leis esportivas são brandas e tendenciosas.
Certamente se tivéssemos uma legislação esportiva tal qual em grande parte da Europa, as coisas poderiam ser minimizadas a níveis baixos.
A principal atitude seria de punir o clube e com penas severas. Ou seja, se uma torcida criasse, incitasse a violência dentro e fora do estádio, o clube seria penalizado com perdas, de pontos, rebaixamento para divisões inferiores, suspensão de suas participações em determinados campeonatos, chegando até o nível de eliminação do clube como liga esportiva profissional.
Isso certamente inibiria. Em primeiro no próprio clube onde os dirigentes iriam pensar duas vezes em amparar tais torcidas dentro do clube servido de interesses eleitoreiros. Em segundo os próprios torcedores chamados sérios do clube seriam os primeiros a denunciar irregularidades para evitar prejuízos ao clube. E em terceiro tais torcidas que sem apoio e conscientes das punições se limitariam a torcer por seus clubes e mais nada.
O que se observa ao longo dos anos é um crescimento assustador de ocorrências envolvendo tais torcidas típicas de vândalos desqualificados e que fazem com que jovens percam a vida de forma estúpida e sem sentido.
A Internet passou a ser um instrumento para marcação desses encontros onde jovens ao se juntarem com outros passam a se considerar imortais e invencíveis e capazes de qualquer barbárie sob a pseudo idéia de estarem defendendo as cores do seu clube.
Pura balela. Apenas um pretexto para exporem seus instintos selvagens e desumanos incitados por bandidos mais experientes e aproveitadores.
Bastaria nossos políticos saírem desse marasmo eterno que vivem para acordarem e exigirem leis específicas mais duras e mais abrangentes para que essas desordens sejam minimizadas.
(*) Aposentado e morador em Santarém (PA)
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