Fifa reclama, e Copa-2014 vai ficar mais cara
Folha de São Paulo
O Brasil terá de gastar mais para apressar as obras de estádios do Mundial. Esse é o resultado da reunião da Copa-14 entre Fifa e COL (Comitê Organizador Local) ocorida ontem em Zurique.
A apresentação do comitê brasileiro mostrou atrasos na construção dos estádios e deficiência em hotéis e aeroportos das cidades-sedes. Membros do Comitê-Executivo foram duros nas cobranças.
Tanto que integrantes do COL admitiram a interlocutores que será preciso haver maior investimento nos estádios para acelerar as obras. Oficialmente, o comitê nega.
Para a Copa das Confederações de 2013, cujo prazo é ainda mais exíguo, a principal preocupação da Fifa é a conclusão do Maracanã.
Um participante da reunião usou a palavra "talvez" quando perguntado sobre se o estádio será incluído no evento, mas há a chance de as obras não ficarem prontas até o meio de 2013. Hoje, o prazo é fevereiro de 2013.
O COL se mostrou mais confiante. "Não fizeram nenhum reparo. Não foi cogitado [excluir o estádio]", declarou o presidente do COL e da CBF, José Maria Marin.
Mas, nos bastidores, membros do COL admitiram que terá de haver turnos extras no Maracanã para a reforma acabar até a competição.
À Fifa, o comitê disse que deverá ser pago bônus a operários para concluir obras em todos os estádios no prazo, o que também aumentaria os custos das arenas. Houve também promessas de estancar as diversas greves.
Em situação ainda pior está Recife, cujo estádio está quase fora da Copa das Confederações. "A única coisa que preocupa é a questão de Pernambuco. Já falei com o governador [Eduardo Campos]. Vou viajar para lá e dormir por lá", disse Marin.
Para a Fifa, Recife e Salvador talvez sejam sedes da Copa das Confederações.
A federação nega a possibilidade de usar estádios alternativos em substituição aos designados para a Copa-14, como chegou a ser cogitado por membros da Fifa.
A questão da infraestrutura também dominou a reunião. Houve críticas ao andamento da modernização de aeroportos, ao número reduzido de hotéis e ao transporte interno local. O Comitê-Executivo pediu melhores condições aos turistas.
Nos bastidores, membros da entidade dizem que somente São Paulo e Rio de Janeiro têm hotéis para atender às demandas da entidade.
A preocupação é porque a Match, parceira da Fifa, relatou enorme demanda por pacotes para a Copa no Brasil.
Em relação à Lei Geral da Copa, o presidente Joseph Blatter manifestou confiança na confirmação das garantias dadas à entidade pela presidente Dilma Rousseff.
Em nota no site da Fifa, o suíço disse esperar um "excepcional" Mundial no Brasil.
Nota do Blog: É algo estarrecedor que ninguém. Absolutamente ninguém,
conteste, grite, clame contra essa megalomaníaca palhaçada onde há
infindáveis demonstrações de incompetência em todos os aspectos mais
básicos de administração. O dinheiro, que, aliás, não deveria ser
público, como arrotou aos quatro ventos o ex-presidente quando assinou
tal acordo, está saindo literalmente pelo ladrão sem que haja qualquer
controle e a pressão da FIFA diante do prazo estipulado faz com que
outras liberações absurdas sejam realizadas. É o País da Bananália literalmente.
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