Carlos Brickmann (*)
Educação em primeiro lugar, dizem todos os governantes, de todos os partidos, em todos os cargos administrativos.
1 - O governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB, decidiu suspender as aulas de reforço, em que estudantes recebiam orientação para atingir o mesmo nível de seus colegas. São aulas essenciais: como a aprovação é automática, dão aos estudantes a oportunidade de acompanhar as matérias da série seguinte.
2 - O governador gaúcho Tarso Genro, do PT, se recusou a pagar o Piso Nacional do Magistério. Deu 9,84% a partir de maio, 6,08% em novembro, 6% em fevereiro do ano que vem, mais algumas suaves parcelas. De acordo com o Piso Nacional do Magistério, o menor salário que pode ser pago a um professor, a partir de janeiro último, é de R$ 1.451,00 mensais. De acordo com o Governo gaúcho, o professor vai ganhar menos que o piso atual, chegando a apenas R$ 1.260,00, e apenas daqui a mais de dois anos, em novembro de 2014.
Agora, o detalhe curioso: quando Tarso Genro era chefe da Casa Civil do presidente Lula, em 2008, comemorou a criação do Piso Nacional do Magistério, esse que agora se recusa a obedecer, e em entrevistas sucessivas disse que todos os governantes seriam obrigados a cumprir a lei - o que ele agora não quer fazer, dizendo que não é obrigado. Afinal, ele é otoridade e a Justiça que não se meta.
No Brasil, há pelo menos duas coisas que não dão futuro: uma é ser professor, outra é acreditar em palavra de político.
(*) Jornalista e Diretor do Escritório Brickmann&Associados Comunicação, especializado em gerenciamento de crises
E-Mail: carlos@brickmann.com.br
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