sábado, 3 de março de 2012

Canola

Canola ainda carece de competitividade

Diário de Maringá 

Uma das apostas dos produtores das cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) nos últimos anos foi a canola, leguminosa que produz óleo de cozinha leve e pode ser usada na produção de biodiesel.

A esperança de que o grão fosse cada vez mais explorado na região aumentou quando a BSBios instalou uma unidade industrial em Marialva (a vinte quilômetros de Maringá) com a promessa de comprar 100% da produção de canola.

Porém, a cultura não conseguiu ganhar espaço e nesta safra vai significar menos do que na safra de inverno passada.

O engenheiro agrônomo Marcelo Alexandre Detomasi foi um dos grandes incentivadores do plantio de canola.

No ano passado, por meio de uma parceria entre a empresa dele, a Campos Verdes, e a BSBios, foram cultivados 240 hectares em Maringá, Atalaia, Ivatuba e Marialva.

Os preços da canola acompanham os da soja e os compradores chegam a pagar até R$ 10 acima da soja, a venda é garantida e a produtividade média foi em torno de 55 sacas por alqueire.

Segundo Detomasi, apesar do resultado, tudo indica que quem experimentou plantar canola votará para o milho, que no momento é mais vantajoso. "Na safra passada fizemos o plantio muito tarde e acamos pegando geada", diz ele, que explica que a canola é muito mais resistente à geada do que o trigo e o milho, mas mesmo assim teve queda na produtividade.

Outro problema apontado pelo técnico foi a dificuldade na hora de colher, porque o grão é novidade na região e produtor ainda não dominou as técnicas de colheita.

A indústria de biodiesel BSBios, com sede na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, é considerada a principal empresa a cultivar canola do Brasil.

No ano passado, a indústria plantou 10 mil hectares do grão no Paraná.
Em 2012, a partir de parcerias com cooperativas e cerealistas, a expectativa é a de aumentar consideravelmente o fomento da cultura no Estado.

Para isso, a empresa conta com a experiência empregada na unidade do Rio Grande do Sul, Estado onde a área cultivada com canola passa de 50 mil hectares. 

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